sexta-feira, 27 de maio de 2011

Chapter Four - Sulphur

Assim que saiu da escola Joe foi direto até o museu... Queria saber se tinham alguma novidade sobre o assassinato de Harry. Não conseguia imaginar quem ia querer machucá-lo. Só sabia que essa pessoa merecia morrer.
Dessa vez o policial o deixou entrar e Joe seguiu direto até o salão onde encontraram o corpo de Harry... Jack estava lá, olhando pra própria mão com curiosidade.

_Jack?_ Joe chamou.
_Ah, oi Joe_ Jack se virou pra olhá-lo com ar de surpresa, concerteza não esperava vê-lo ali.
_Desculpe vir perturbar_ sorriu sem graça_ só queria saber se tem novidades... Eu... Não consigo controlar minha curiosidade.
_Tudo bem_ Jack sorriu amigavelmente_ ainda não sabemos quem fez isso... Não temos nenhuma pista.
_Nada?_ seu rosto se contorceu com a decepção.
_A única coisa que achamos foi isso_ Jack estendeu a mão na direção de Joe, com a palma pra cima.

Joe estreitou os olhos pra ver melhor... Só conseguiu enxergar um pó amarelo espalhado pela palma da mão de Jack.

_Encontramos perto da grade de proteção e ao lado do corpo_ Jack disse esfregando um pouco os dedos e espalhando o pó.
_O que é isso?_ Joe questionou confuso.
_Eu não entendo muito dessas coisas... Mais segundo nosso perito ali é... Enxofre_ explicou.
_Enxofre?_ ele repetiu achando estranho_ de onde veio?
_Não faço ideia... Não estava aqui antes então creio que tenha sido trazido pelo assassino_ deu de ombros.
_Bom... Acho que isso não ajuda muito não é?_ perguntou sem muitas esperanças.
_Não, não muito_ Jack deu um meio sorriso, limpando a mão na calça.
Joe suspirou com impaciência... Seus olhos vagaram pelo recinto até onde um dia antes estava cheio de sangue. Agora os vestígios do crime haviam sumido... Tudo parecia normal de novo. Ou o mais normal quanto possível numa situação dessas.

_Vá pra casa Joe_ Jack disse o despertando de seus pensamentos_ não devia voltar aqui por enquanto... Esse ambiente não vai lhe fazer bem, a nenhum de nós.
_Mais quero saber se...
_Não se preocupe_ sorriu_ prometo que se tivermos novidades eu ligarei pra avisar.
_Obrigada.
_Não contou nada disso a ninguém não é?_ perguntou cautelosamente.
_Não... E nem pretendo, não se preocupe.
_Ótimo... Agora vá, eu lhe manterei informado.

Joe assentiu com um meio sorriso e saiu dali sem protestar... Aquele lugar estava lhe dando arrepios, sentia um clima pesado e ruim toda vez que entrava ali. A Extrema beleza do lugar havia se perdido.
Depois de caminhar um pouco, Joe parou no ponto de ônibus... Estava sem dinheiro pro táxi e não estava com paciência pra andar até em casa, resolvera então que pegaria um ônibus mesmo. Havia muitas pessoas na rua, mais ele estava sozinho ali no ponto, achou melhor assim, menos confusão, mais espaço pra seus devaneios.
Não estava com muita pressa, e depois de uns breves minutos sua mente vagara pra outro lugar... Estava de volta aquele estranho sonho que tivera mais cedo... A escuridão, os olhos azuis e tranqüilizantes e logo em seguida o olhar fulminante e assustador. Sacudiu a cabeça tentando afastar os pensamentos... E então seus olhos pareceram entrar em foco, voltando a enxergar o mundo a sua frente. Por um minuto Joe achou estar enlouquecendo ou talvez ainda estivesse sonhando... Mais piscou várias vezes e sacudiu a cabeça e ela não desaparecera, continuara lá, linda. Demi estava em pé do outro lado da rua, o observando com cautela, uma expressão insondável no rosto. Joe sentiu como se uma corrente elétrica atravessasse todo seu corpo... Era uma sensação estranha porém agradável.
_Demi_ sussurrou pra si mesmo, um sorriso surgindo em sua face sem sua permissão.
Ela sorriu também, um sorriso tímido e encantador... Joe se levantou do banco em que sentara pra esperar, era como se algo o puxasse pra ela. Teve vontade de atravessar a rua e ir até lá. E era o que teria feito se de repente o sorriso dela não tivesse se desfeito e se transformado em uma máscara de horror.

_NÃO_ ele não a ouviu gritar, mais pode ver que fora isso que ela gritara pelo movimento delicado de seus lábios.

Então ele ouviu... Um barulho ensurdecedor vinha de algum lugar... Rodas, um carro derrapando, gritos e pessoas correndo desesperadas. Seus olhos se desviaram do rosto de Demi e foram até mais a frente na rua onde um carro preto derrapava a toda velocidade na sua direção. O motorista sorria, seus olhos vermelhos cheios de desejo... Joe pensou em correr mais ficou congelado no lugar, os músculos travados.
Quando olhara na outra direção por reflexo Demi não estava mais lá... Tinha sumido.
E tudo havia virado um caos... O carro continuava vindo, ele ainda não se mexia... Mais no meio da confusão sentira braços o envolvendo e o empurrando pra longe, todos os gritos e sons pareciam ter sumido de repente e a única coisa que ele ouvia era um som diferente... Pareciam asas.
E então seu corpo estava batendo contra o asfalto, em seguida sua cabeça... Os braços a sua volta sumiram do mesmo jeito que apareceram e ele viu de relance o carro bater com toda força contra o poste onde a pouco ele estava em pé.
Sua visão estava embaçada, mais podia jurar ter visto uma fumaça negra saindo de dentro do carro e sumindo na confusão.

_Oh Meu Deus, você esta bem?_ alguém perguntou.
_Joe_ ele reconhecera aquela voz, era Demi, ela corria em sua direção vinda do nada e se abaixara ao seu lado com ar de preocupação estampado na face delicada_ Você esta bem?
_Eu... Eu não... _ ele não conseguia falar, tudo ainda girava.
_Chamem uma ambulância_ alguém gritou.

Todos olharam na direção do carro... A parte da frente que colidira contra o poste estava totalmente amassada e destruída, tinha fumaça pra todo canto... Alguns pedaços de metal.

_Joe_ Demi tocara o rosto dele com calma_ você ta bem? Fala alguma coisa.
Ele não disse nada, o toque dela pareceu levar embora toda a dor... Os sons em volta se calaram... Como acontecera quando o empurraram pra longe do carro. Mais não fora ela... Ela estava longe.
_Fala comigo_ ela pediu.
_Eu acho que... Estou bem_ a voz dele falhou.

Ela de repente olhou na direção do carro destruído... Joe estava com a visão turva mais pode sentir ela ficar tensa ao seu lado e podia jurar que vira seus olhos ficarem totalmente brancos, como acontecera de manhã. Ela o encarara com aqueles olhos... O coração batia forte contra o peito e ela tirou suas mãos dele, se afastando... O toque macio e delicado fora substituído por outro mais apressado e os sons voltaram... Sirenes... Era um paramédico que o examinava.
O homem lhe fazia perguntas, mais Joe não respondia... Ficou observando assustado Demi sumir no meio da multidão.

_Esta sangrando_ o paramédico disse_ esta doendo muito?
_Eu... Não sinto_ Joe sussurrou atordoado.
_Deve estar em estado de choque_ alguém disse_ Vamos levá-lo ao hospital.
_E o motorista do carro?_ alguém perguntou.
_Esta morto_ outra pessoa respondeu.

Enquanto os médicos o colocavam em uma maca, Joe olhou na direção do carro... Uma multidão se formava em volta do lugar, e a rua estava tomada pela confusão, pessoas indo e vindo, algumas chorando... Mais Joe podia jurar que vira uma mulher abrindo a porta do carro e segurando a mão do motorista, o levando pra fora da confusão... Podia jurar ter visto um par de asas negras em suas costas e eles sumirem no ar... Como fumaça.
Piscou os olhos com força, sentindo que o levantavam do chão, algo quente escorria por sua cabeça... Era sangue. Seus olhos voltaram ao carro e teve certeza que fora uma alucinação, pois agora via dois médicos tirando o corpo sem vida do homem de dentro carro destruído. Piscou mais uma vez e tudo ficou escuro, não conseguiu abrir mais, sendo vencido pelo cansaço e o terror.



Terror... Caos... Confusão... Gritos e desespero por todos os lados.
Era só isso que ele conseguia enxergar... Não importava pra onde ele olhasse, só havia confusão.
Mais antes que entrasse em desespero ela aparecera... E foi como se todo o mundo de repente tivesse parado... Ele não girava mais, não havia som algum, não havia dor... Só paz e tranqüilidade e uma estranha eletricidade que parecia manter seu corpo inteiro alerta. Ela sorrira, os olhos azuis brilhando... E sua mão macia acariciara o rosto dele, lhe causando arrepios.
_Esta tudo bem agora_ ela sussurrou, sua voz de sinos_ eu estou aqui... Vou te proteger.
Ele dera um passo mais a frente... Se aproximando mais dela, seus rostos a poucos centímetros, o perfume inebriante quase lhe tirando os sentidos... Tão doce.
E antes que a distancia fosse vencida uma luz branca ofuscara seus olhos o trazendo de volta a realidade.

_Joe?_ uma voz cheia de preocupação chamou.

Joe abriu os olhos contra vontade... Tudo a sua volta era tão claro e irritante. Seus olhos se recusavam a ficar abertos e uma dor em sua cabeça o impedia de raciocinar... Só queria fechar os olhos e voltar aquele lindo sonho... Voltar a ver a face do anjo.

_Filho, fala comigo_ à voz insistiu com preocupação.
Com um pouco de dificuldade Joe percebera que aquela voz era de sua mãe e forçou sua mente a despertar... Tinha que dizer a ela que estava bem, que estava vivo, que não se preocupasse mais. Se tinha uma coisa que não suportava era ver sua mãe mal.
Quando seus olhos entraram em foco... Com uma pontada de raiva e agonia ele percebera que estava em um hospital... Toda aquela brancura eram as paredes do quarto... Ele gemeu. Odiava hospitais mais que qualquer coisa na vida.

_Joe querido... Fala com a mamãe_ ela voltou a pedir.
_Eu estou bem mãe_ ele sussurrou tão baixo que ela teve de se esforçar pra ouvir.
_Graças a Deus... Não sabe o susto que me deu_ ela suspirou passando a mão nos cabelos dele.

Ele tentou se sentar pra olhar pra ela, mais não sentia seu corpo... Estava fraco, mole e sem energia... Se sentia sem vida.

_Fique quieto querido_ ela pediu.
_Não sinto meu corpo_ ele disse um pouco exasperado.
_É por causa da anestesia querido, não se preocupe... Daqui a pouco vai passar_ ela sorriu acolhedoramente_ é pra que você não sinta dor.
_Eu quero ir pra casa_ ele resmungou.
_Você vai quando estiver em condições_ ela disse acariciando o rosto dele com cuidado.
_Não quero ficar aqui_ ele protestou_ odeio hospitais... Eu estou bem.
_Não, não esta_ disse um pouco exaltada_ quase morreu agora pouco.
_Quase, mais pra azar de vocês ainda estou vivo_ ele zombou.
_Não fale assim Joe_ ela protestou_ nem brinque com uma coisa dessas.
_Vou morrer se continuar nesse lugar horrível_ ele gemeu.
_Sempre com sua aversão a hospitais_ ela riu dando um beijo na testa dele.

Desde pequeno Joe não gostava de hospitais... Quando era pequeno e sua mãe o levava a um ele entrava em desespero e começava a chorar. Preferia passar dias sofrendo em casa a ir a um hospital.
_Durma mais querido... Vai estar melhor quando acordar_ ela sussurrou.
_Não quero dormir... Quero sair daqui_ ele resmungou se remexendo na cama.
_Vou chamar uma enfermeira pra lhe dar mais anestesia... Precisa descansar_ ela se levantou.
_Não_ ele arregalou os olhos_ não quero mais remédios.
_Você não tem que querer nada... Agora fique quietinho ai que eu já volto_ ela disse.

Joe tentou argumentar, mais estava fraco e confuso demais pra isso... Talvez dormir fosse mesmo o melhor. Talvez quando acordasse estivesse em casa... Ou talvez voltasse a sonhar com ela. Mais antes que pegasse no sono ouviu a porta se abrir.
_Veio ver se eu morri?_ Joe perguntou baixinho, mesmo sem olhar sabia quem era... Conhecia o perfume doce de sua irmã e o som delicado de seus passos... Era estranho, mais ele a conhecia como ninguém.
_Não tenho tanta sorte_ ela brincou.

Joe riu baixinho, mais aquela ação trouxe dor a sua cabeça e ele parou no mesmo instante gemendo... Nicole foi se sentar na beirada da cama e segurou de leve a mão dele.

_Me deu um susto Joe... Nunca mais faça isso_ ela disse de cabeça baixa.
_Pensou que fosse se livrar de mim é? Não é tão fácil quanto parece_ ele zombou.
_Estou falando sério_ ela fez careta.
_Não se preocupe... Eu vou ficar bem_ ele disse agora sério_ melhoraria mais rápido fora desse lugar.
_Você ainda tem problema com hospitais é?_ ela riu.
_Odeio esse lugar... É tão branco e... Tem cheiro de álcool_ ele fez careta fazendo a irmã rir.
_Não se preocupe_ ela acariciou os cabelos dele_ você vai sair logo... Graças a Deus o seu acidente não foi grave.

É... Poderia ter sido pior. Pior se alguém não tivesse lhe tirado do caminho... Poderia parecer loucura, mais nada lhe tirava da cabeça que quem o salvara fora Demi... O que sentira quando ela lhe tocara era inconfundível.
Ele fechou os olhos querendo espantar os pensamentos... Em outra ocasião teria sacudido a cabeça, mais agora qualquer movimento parecia doloroso demais.
Ele também viu que Nicole encarara o relógio na parede e suspirara... Então se lembrara que a essa hora ela devia estar num encontro com Jake. Que ele estragara... Não de propósito, mais que estragara.

_Desculpe_ ele sussurrou_ estraguei seu encontro não foi?
_Se não te conhecesse bem diria que fez isso de propósito... Só pra não ver seu melhor amigo pegando sua irmã_ ela riu.
_Eca_ ele fez careta_ bem lógico isso... Eu quase morri atropelado de propósito pra impedir que vocês saíssem_ riu_ se eu quisesse atrapalhar teria feito uma coisa mais normal... Mais sutil.
_Como o que, por exemplo?_ ela perguntou.
_Ir ao encontro com vocês... Ameaçar encher o Jake de porrada... Coisas assim_ disse com naturalidade.
_Cara de pau_ se ele não estivesse mal ela concerteza teria dado um tapa nele.

Realmente era estranho a ideia de ter sua irmã junto com seu melhor amigo... Mais até onde ele percebera os dois se gostavam de verdade e ele não podia estragar isso... Até que formavam um bonito casal, contanto que não se agarrassem na frente dele é claro.

_Mais não se preocupe... Nós remarcamos o encontro pra amanhã_ piscou pra ele.
_Ah que droga_ ele gemeu_ acho que vou me jogar na frente de um trem amanha.
_Ai seria mais fácil... Você morreria e eu não teria que me preocupar_ deu de ombros.
_É bom saber que você me ama_ ele sorriu.

Os dois ficaram em silencio, e então uma enfermeira entrou no quarto trazendo uma seringa... Joe fechou os olhos fazendo uma careta, Nicole riu. Mais a enfermeira colocada o medicamento no soro pra alivio de Joe. Ela saiu logo em seguida deixando novamente os dois a sós.
_Medo de agulhas também?_ ela riu.
_Não enche Nick_ ele disse zangado.
_Descanse maninho_ ela sussurrou.

Não demorou pra que o medicamento fizesse efeito... Logo as coisas começaram ficar turvas, embaçadas. Joe foi tomado por um imenso torpor... Um vazio... Um sono profundo. Lutou pra manter os olhos abertos e viu Nicole sorrindo pra ele.

_Te amo maninho_ ela sussurrou acariciando os cabelos dele.

E então tudo ficou escuro... Seus olhos se fecharam cansados e ele foi dominado pelo sono.
 
Continua...
 
Obrigada pelos comentarios...
 
Faanyh_lover: Obrigada pelos selos... que bom que vc esta gostando do meu blog, infelizmente não vai dar temto de repassar os selos, mas eu fico muito agradecida.
 
Beijos...
 
Comentem!

2 comentários:

  1. amoor

    tá lindo *-*

    posta logoo <3

    faz um favorzinho pra miim?
    *O*

    divulga?

    http://jeminlove.blogspot.com/

    obrigada *-*

    bjoos ;*

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  2. Oi coisinha fofa!

    Táh INCRIVEL!

    Vc ganhou um selo lá no meu blog passa lá pra pegar:

    http://wwwdjessyjemi.blogspot.com/2011/06/capitulo-3-inevitable.html

    Bjux e POSTA LOGO E PEGA SEU SELO!

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