sexta-feira, 24 de junho de 2011

Chapter Five - Distrust

Joe agora já estava se sentindo melhor... O efeito do remédio havia passado, seu corpo não doía, só a cabeça... A pancada que ele recebera quando caíra no chão fora forte, mais ia superar. Sua mãe lhe trouxera o almoço... Comida de hospital, que por acaso era horrível e ele estava agora sentado na cama encarando o prato, tentando criar coragem pra comer aquilo. Tinha um aspecto incrivelmente horrível.

_A comida esta assim tão ruim?_ uma voz delicada perguntou com cautela.
Joe ergueu os olhos do prato e eles se encontraram com um par de lindos olhos azuis e brilhantes... Sentiu seu coração disparar.
_Horrível_ ele respondeu com um meio sorriso.
_Posso me livrar dela se você quiser_ ofereceu.
_Se puder me arrumar um hambúrguer eu ficaria incrivelmente feliz_ ele disse.
_Acho que não consigo passar da porta_ ela riu_ sua mãe esta fazendo vigilância pesada.
_É, essa é minha mãe_ ele sorriu.

Demi se aproximou mais, um pouco receosa e se sentou na beirada da cama de frente pra ele... Joe pos o prato de comida de lado pra poder observá-la melhor... Seus olhos se encontraram e Joe sentiu um calafrio percorrer seu corpo.

_Como esta?_ ela perguntou depois de um minuto.
_Vou sobreviver_ ele deu de ombros_ só minha cabeça que dói um pouco.
_Desculpe ter sumido daquele jeito_ Demi disse sem jeito_ mais é que... Não me dou muito bem com sangue.
_Tudo bem, eu entendo_ ele garantiu_ mais... O que você fazia por lá?
_Estava resolvendo um assunto... Ia pegar um ônibus quando te vi_ ela deu de ombros.
_Que bom que não estava lá... Podia ter se machucado.
_Não sou assim tão frágil_ ela disse séria.
_Eu também não e olha onde estou... Num hospital_ ele gemeu ao dizer a palavra.
_Me disseram que você tem aversão a hospitais_ ela sorriu deixando o clima mais leve.

_Nicole não é?_ ele fechou a cara_ ela também disse que tenho medo de agulhas?
_Na verdade ela não disse não, mais é bom saber_ riu.
_Ótimo_ fez careta.

Enquanto observava o rosto de Demi... Tão linda e delicada, várias sensações diferentes tomavam conta de seu corpo. Tinha a aquela estranha sensação de tranqüilidade, de paz... Tinha um calor estranho e uma eletricidade que o deixavam alerta e fazia seu coração disparar. E tinham os calafrios... Um medo... Era difícil conciliar todas as emoções. Era difícil se concentrar.

_E você_ ela disse acabando com o silencio_ o que fazia lá?
_Eu tinha ido até o museu_ ele disse se mexendo na cama, era desconfortável.
_Fazendo uma visita no museu aquela hora?_ sorriu.
_Não, eu trabalho lá_ ela não pareceu surpresa com a informação_ sou o guia.
_Um guia de museu_ ela ergueu a sobrancelha_ que interessante.
_Pois é, muito divertido... Se soubesse as pessoas que encontro por lá_ ele revirou os olhos.
_Eu achei que o museu estava fechado_ ela comentou de repente cautelosa_ por causa do acidente com o vigia... Uriel.
_O nome dele era Harry_ Joe concertou.
_Ah, isso mesmo_ ela pareceu envergonhada e preocupada com o erro_ descobriram alguma coisa?
_O museu esta fechado pra investigações, mais eu queria saber noticias e fui até lá_ ele explicou_ não descobriram nada útil.
_Tomara que peguem quem fez isso_ ela forçou um sorriso.

E ela de repente estava nervosa... A mudança de humor dela pareceu mexer no clima do local e Joe começara a se sentir desconfortável, incomodado... Ela desviou os olhos pra parede respirando fundo algumas vezes.
Joe analisou a reação dela em silencio.

_Você parece nervosa_ ele comentou.
_Também não sou fã de hospitais_ sorriu amarelo_ e ainda estou nervosa com o acidente.
_Ha_ ele mordeu o lábio.
 
E então uma desconfiança se instalara em sua mente, uma que ele andava tentando evitar desde a hora do acidente. Mais agora olhando nos olhos dela, que pareciam ter ficado ainda mais claros... A desconfiança voltara. Alguém havia salvado ele... Alguém o tinha tirado do caminho do carro... Parecia loucura pensar que fora ela, uma garota tão delicada e aparentemente frágil. Mais como explicar o que sentira quando ela o tocara?

_Você... Viu bem o que aconteceu na hora do acidente?_ ele perguntou.
_Vi sim_ ela respondeu normalmente.
_Por acaso viu quem me tirou do caminho do carro?_ questionou fitando os olhos dela.
Tensão, o azul dos olhos dela pareceu clarear ainda mais, o corpo de Joe se aqueceu e seu coração disparou.
_Você saiu do caminho sozinho_ ela respondeu um tanto alarmada.
_Não_ ele discordou_ alguém me tirou de lá.
_Não havia ninguém perto de você Joe... Estava sozinho_ ela parecia querer lhe transmitir alguma coisa com aquele olhar intenso, mais Joe insistia em continuar.
_Não... Eu senti quando alguém me abraçou e me puxou de lá... Não vi quem era mais eu senti_ disse com convicção.
_Sentiu?_ ela pareceu surpresa com aquilo.
_Você sabe quem foi_ ele insistiu_ você viu.
_Não... Eu vi você sair de lá sozinho_ ela discordou desviando os olhos.

Joe a analisou com impaciência... Porque ela estava mentindo? Se tinha visto quem fora porque simplesmente não dizia? O que ela estava escondendo?

_Você devia comer_ Demi falou de repente_ sua mãe vai brigar comigo que souber que estou atrapalhando seu almoço.
_Eu não quero comer essa porcaria_ ele fez careta ainda a olhando profundamente com desconfiança.
_Acho que devo ir embora_ sussurrou_ você precisa descansar.
_Eu estou bem_ ele garantiu.
_Não parece_ ela sorriu de lado.
 
Na verdade, pra quem quase morrera esmagado por um carro a quase cem quilômetros por hora ele parecia bem. Alguns hematomas leves, arranhões, poderia ter sido pior. E enquanto analisava os machucados dele, Demi ergueu a mão devagar, não parecia ter muita consciência do que fazia, mais a levantou até tocar com calma o rosto dele.
Os olhos de Joe saíram de foco... Tudo em volta desapareceu, ele só conseguia enxergar o rosto dela e mais nada. Calor... A mão dela parecia quente em sua pele, não um calor desagradável, mais aquele tipo de calor que enlouquecia as pessoas.
Os sons fora do quarto desapareceram... A única coisa que ele ouvia era o som do seu coração e a estranha tranquilidade tomou conta de seu corpo... Era relaxante e ao mesmo tempo sinistro. Mais com aquele toque ele soube.

_Foi você_ ele sussurrou, forçando sua voz a sair, até respirar parecia difícil com ela o fitando daquele jeito_ você me tirou de lá.
_Não sabe o que esta dizendo_ a mão dela saiu do rosto dele e foi como se tivessem lhe dado um soco no estomago, todo aquele peso e as sensações ruins voltando ao mesmo tempo.
_Eu sei que foi.
_Eu estava do outro lado da rua Joe... Gostaria de ter salvado sua vida mais não fui eu.
_Porque esta mentindo?_ ele perguntou agoniado.
_Não estou mentindo... Você bateu a cabeça e esta confuso_ ela agora parecia irritada.
_Eu sei bem o que vi... Ou senti, tanto faz.
_Sabe mesmo Joe?_ ela desafiou_ você quase morreu agora pouco... Eu gostaria de ter feito isso mais sou só uma garota. Você saiu de lá sozinho, se alguém te ajudou eu não vi quem foi.

Ela o encarou, parecia desafiá-lo... Como se quisesse forçá-lo a acreditar. Aquelas perguntas e desconfianças não tornavam as coisas mais fáceis... Se ele soubesse o que realmente acontecera provavelmente piraria.
_Tudo bem_ ele sorriu de lado_ desculpe... Eu realmente devo estar confuso. É besteira minha mais... Eu podia jurar que alguém me tirou de lá.
_Talvez tenha sido seu anjo da guarda_ ela sorriu.
_Não acredito em anjos_ ele ficou sério.
_Porque não?_ ela pareceu decepcionada.
_Não sei_ deu de ombros_ só... Se anjos existissem o mundo não seria assim. Não é a obrigação deles nos proteger?
_Talvez eles estejam protegendo... E você só não perceba isso_ ela argumentou.
_Que seja_ deu de ombros_ o que importa é que estou vivo.

Ela forçou um sorriso pra ele e se levantou da cama ajeitando a roupa... Joe a fitou sério mais enquanto ela se afastava sentiu um estranho vazio tomar conta, substituindo a calma e a tranquilidade.

_Espero que fique bom logo_ ela disse com um leve sorriso antes de passar pela porta.

E Joe suspirou, se sentindo extremamente sozinho naquele quarto enorme... Apesar da presença de Demi o deixar nervoso, ele gostava e sentia um enorme vazio quando ela ia embora... Assim como no sonho, quando ela ia embora algo muito parecido com o desespero tomava conta. Não era um sentimento acolhedor nem saudável, mais ele não sabia como evitar.

No dia Seguinte...
Joe tivera que dormir no hospital, mesmo contra vontade sua mãe e os médicos o obrigaram a ficar, passara toda noite em observação embora garantisse a todos que estava mais que bem.
Quando acordou se sentia outra pessoa... Devia ser assim que as pessoas que escapavam da morte se sentiam, totalmente revigoradas, tirando é claro a leve dor na cabeça que havia diminuído bastante.
Joe estava terminando de vestir sua roupa quando a porta se abriu.

_Qual é brother?_ era Jake.
_Veio ver se ainda estou vivo?_ Joe perguntou sorrindo.
_Eu sei que esta_ deu de ombros_ vaso ruim não quebra.
Joe sorriu pro amigo, esse era Jake... Sempre fazendo ele se sentir bem não importava a situação.

_Ai, você assustou agente Bro... Não faz isso de novo_ Jake pediu.
_Vocês falam como se eu tivesse me jogado na frente daquele carro e não o contrário_ revirou os olhos.
_Do jeito que você é louco, acho que não me surpreenderia se tivesse sido isso mesmo.
_Eu por acaso tenho cara de suicida?_ ele perguntou indignado_ minha vida não é um mar de rosas mais eu gosto dela ok? Ainda pretendo viver muito e se eu quisesse acabar com a minha vida me jogava da ponte... Era mais original.
_Ta, não precisa estressar, era só uma piada_ Jake fez careta.
_Tanto faz... Cadê a Nick?_ Joe perguntou com um sorriso malicioso.
_Não sorri desse jeito descarado, você estragou meu encontro com a sua irmã_ fechou a cara.
_Não era minha intenção, mais é melhor assim... Ainda não ditei minhas regras.
_Regras?_ Jake arregalou os olhos.

Era besteira achar que Joe deixaria ele sair com sua irmã sem ditar algumas regras... Jake sempre soube que Joe era um irmão ciumento, dava pra ver isso pelo jeito que Joe protegia a irmã, como falava dela. Eles tinham um carinho especial um pelo outro mesmo sendo apenas meio irmãos.

_Sim, regras_ Joe afirmou_ se vai sair com minha irmã... Tem que ter regras.
_Que regras seriam essas?_ Jake exigiu saber.
_Nada de gracinhas, nada de mãos bobas... Sem beijos e nem pense em avançar aquela linha sacou?_ disse sério.
_Assim não vai ser um encontro_ fechou a cara_ vai ser um passeio de irmãos.

Joe sorriu ainda mais concordando, e enquanto fechava os botões da camisa percebeu um pó amarelo na barra.

_Cara, você é um saco_ Jake deu um soco de leve no ombro dele.
_Você diz isso porque não sou eu saindo com a sua irmã_ ele disse analisando o pó.
 
_Não é por falta de oportunidade, por algum motivo que eu não faço ideia ela acha você bonito_ ele disse como se fosse um absurdo_ mais ela sempre teve um péssimo gosto pra homens.
_Que engraçado_ Joe o olhou feio.

Jake começara a dizer mais alguma coisa, porém Joe já não ouvia mais, estava concentrado observando o pó em sua camisa, a camisa que ele estava usando na hora do acidente. Lembrou da visita ao museu que fizera uns minutos antes de tudo acontecer, aquilo que Jack mostrara pra ele... O pó amarelo... Enxofre.

_Não me lembro de ter tocado naquilo_ ele sussurrou pra si mesmo.
_Como é?_ Jake o olhou confuso.
_Enxofre_ ele estendeu a mão na direção de Jake, lhe mostrando o pó.
_Hã?_ Jake continuava o olhando sem entender.
_Antes do acidente eu fui ao museu_ Joe explicou_ Jack me disse que a única coisa que encontraram lá foi enxofre. Eu não toquei nele, mais esta na minha roupa.
_Você deve ter se sujado sem perceber_ Jake disse.
_Não estava antes do acidente_ Joe comentou.
_O que esta querendo insinuar?_ questionou.

Joe tinha quase certeza de que aquilo não fora exatamente um acidente... Havia uma grande possibilidade de ele estar alucinando, não andava bem esses dias, mais ele podia jurar que vira o motorista sorrir pra ele... Podia jurar que estava tentando o matar de propósito... Nunca esqueceria os olhos perturbadores. Algo naquela história estava errada.

_Acho que... Não foi um acidente_ Joe sussurrou.
_Como assim Joe? O Que esta querendo dizer?_ Jake perguntou preocupado.
_Se eu te confidenciar uma coisa... Promete que não conta a ninguém? É importante que ninguém saiba_ avisou.
_Sabe que pode confiar em mim_ Jake garantiu.
 
Joe puxou Jake pelo braço em direção a cama e os dois se sentaram de frente um para o outro. Joe esticou um pouco o rosto querendo conferir se não havia ninguém por perto.

_Harry não foi sufocado Jake... Cortaram a garganta dele_ Joe disse.
_Como é?_ Jake arregalou os olhos.
_Aquela história que saiu no jornal foi pra encobrir, pra evitar o pânico_ Joe explicou_ a verdade é que cortaram a garganta dele, eu vi o sangue... E não acharam pistas, nada... A única coisa que tinha na cena do crime era o enxofre.
_E você acha que isso tem ligação com seu acidente?
_Você vai achar que eu to louco, mais acho que não foi coincidência... Acho que estavam tentando me matar, e enxofre é só uma prova disso.
_Pode ser apenas coincidência Joe...
_Não é... Eu vi o motorista do carro sorrindo pra mim... Ele tentou me matar de propósito... Eu sei o que to dizendo.
_Porque alguém ia querer te matar?_ Jake perguntou.
_Não sei... Mais isso não foi coincidência Jake, escuta o que digo... Tem alguma coisa errada nessa história e eu vou descobrir o que é_ garantiu.

Antes que Jake tivesse a oportunidade de dizer qualquer coisa a porta do quarto se abriu e a mãe de Joe entrou junto com Richard. Os dois mudaram de posição na hora tentando parecer relaxados e despreocupados, mais agora que Joe tinha parado pra pensar fazia sentido... Devia confessar que estava um pouco assustado com isso, mais com ou sem a ajuda de Jake ele descobriria o que estava acontecendo.
 
 
Continua...
 
 
Obrigada a Jéhh Jonas pelo selo...que bom que esta gostando.
 
Quero divulgar tambem a web da Sarah ,Make it Right ainda não tive a oportunidade de ler...mas deve ser muito boa!
 
 
Momento desabafo!
 
Não sei se vou continuar essa web,, são muitos poucos comentarios, sendo que eu tenho bastante seguidores... a verdadeira escritora desse web ja esta na 3 temporada, mas eu não estou querndo postar aqui, ja que poucos estão gostando.
 
É isso, eu só vou postar da proxima vez se houver comentario
 
0 Comentarios = 0 capitulos