sexta-feira, 24 de junho de 2011

Chapter Five - Distrust

Joe agora já estava se sentindo melhor... O efeito do remédio havia passado, seu corpo não doía, só a cabeça... A pancada que ele recebera quando caíra no chão fora forte, mais ia superar. Sua mãe lhe trouxera o almoço... Comida de hospital, que por acaso era horrível e ele estava agora sentado na cama encarando o prato, tentando criar coragem pra comer aquilo. Tinha um aspecto incrivelmente horrível.

_A comida esta assim tão ruim?_ uma voz delicada perguntou com cautela.
Joe ergueu os olhos do prato e eles se encontraram com um par de lindos olhos azuis e brilhantes... Sentiu seu coração disparar.
_Horrível_ ele respondeu com um meio sorriso.
_Posso me livrar dela se você quiser_ ofereceu.
_Se puder me arrumar um hambúrguer eu ficaria incrivelmente feliz_ ele disse.
_Acho que não consigo passar da porta_ ela riu_ sua mãe esta fazendo vigilância pesada.
_É, essa é minha mãe_ ele sorriu.

Demi se aproximou mais, um pouco receosa e se sentou na beirada da cama de frente pra ele... Joe pos o prato de comida de lado pra poder observá-la melhor... Seus olhos se encontraram e Joe sentiu um calafrio percorrer seu corpo.

_Como esta?_ ela perguntou depois de um minuto.
_Vou sobreviver_ ele deu de ombros_ só minha cabeça que dói um pouco.
_Desculpe ter sumido daquele jeito_ Demi disse sem jeito_ mais é que... Não me dou muito bem com sangue.
_Tudo bem, eu entendo_ ele garantiu_ mais... O que você fazia por lá?
_Estava resolvendo um assunto... Ia pegar um ônibus quando te vi_ ela deu de ombros.
_Que bom que não estava lá... Podia ter se machucado.
_Não sou assim tão frágil_ ela disse séria.
_Eu também não e olha onde estou... Num hospital_ ele gemeu ao dizer a palavra.
_Me disseram que você tem aversão a hospitais_ ela sorriu deixando o clima mais leve.

_Nicole não é?_ ele fechou a cara_ ela também disse que tenho medo de agulhas?
_Na verdade ela não disse não, mais é bom saber_ riu.
_Ótimo_ fez careta.

Enquanto observava o rosto de Demi... Tão linda e delicada, várias sensações diferentes tomavam conta de seu corpo. Tinha a aquela estranha sensação de tranqüilidade, de paz... Tinha um calor estranho e uma eletricidade que o deixavam alerta e fazia seu coração disparar. E tinham os calafrios... Um medo... Era difícil conciliar todas as emoções. Era difícil se concentrar.

_E você_ ela disse acabando com o silencio_ o que fazia lá?
_Eu tinha ido até o museu_ ele disse se mexendo na cama, era desconfortável.
_Fazendo uma visita no museu aquela hora?_ sorriu.
_Não, eu trabalho lá_ ela não pareceu surpresa com a informação_ sou o guia.
_Um guia de museu_ ela ergueu a sobrancelha_ que interessante.
_Pois é, muito divertido... Se soubesse as pessoas que encontro por lá_ ele revirou os olhos.
_Eu achei que o museu estava fechado_ ela comentou de repente cautelosa_ por causa do acidente com o vigia... Uriel.
_O nome dele era Harry_ Joe concertou.
_Ah, isso mesmo_ ela pareceu envergonhada e preocupada com o erro_ descobriram alguma coisa?
_O museu esta fechado pra investigações, mais eu queria saber noticias e fui até lá_ ele explicou_ não descobriram nada útil.
_Tomara que peguem quem fez isso_ ela forçou um sorriso.

E ela de repente estava nervosa... A mudança de humor dela pareceu mexer no clima do local e Joe começara a se sentir desconfortável, incomodado... Ela desviou os olhos pra parede respirando fundo algumas vezes.
Joe analisou a reação dela em silencio.

_Você parece nervosa_ ele comentou.
_Também não sou fã de hospitais_ sorriu amarelo_ e ainda estou nervosa com o acidente.
_Ha_ ele mordeu o lábio.
 
E então uma desconfiança se instalara em sua mente, uma que ele andava tentando evitar desde a hora do acidente. Mais agora olhando nos olhos dela, que pareciam ter ficado ainda mais claros... A desconfiança voltara. Alguém havia salvado ele... Alguém o tinha tirado do caminho do carro... Parecia loucura pensar que fora ela, uma garota tão delicada e aparentemente frágil. Mais como explicar o que sentira quando ela o tocara?

_Você... Viu bem o que aconteceu na hora do acidente?_ ele perguntou.
_Vi sim_ ela respondeu normalmente.
_Por acaso viu quem me tirou do caminho do carro?_ questionou fitando os olhos dela.
Tensão, o azul dos olhos dela pareceu clarear ainda mais, o corpo de Joe se aqueceu e seu coração disparou.
_Você saiu do caminho sozinho_ ela respondeu um tanto alarmada.
_Não_ ele discordou_ alguém me tirou de lá.
_Não havia ninguém perto de você Joe... Estava sozinho_ ela parecia querer lhe transmitir alguma coisa com aquele olhar intenso, mais Joe insistia em continuar.
_Não... Eu senti quando alguém me abraçou e me puxou de lá... Não vi quem era mais eu senti_ disse com convicção.
_Sentiu?_ ela pareceu surpresa com aquilo.
_Você sabe quem foi_ ele insistiu_ você viu.
_Não... Eu vi você sair de lá sozinho_ ela discordou desviando os olhos.

Joe a analisou com impaciência... Porque ela estava mentindo? Se tinha visto quem fora porque simplesmente não dizia? O que ela estava escondendo?

_Você devia comer_ Demi falou de repente_ sua mãe vai brigar comigo que souber que estou atrapalhando seu almoço.
_Eu não quero comer essa porcaria_ ele fez careta ainda a olhando profundamente com desconfiança.
_Acho que devo ir embora_ sussurrou_ você precisa descansar.
_Eu estou bem_ ele garantiu.
_Não parece_ ela sorriu de lado.
 
Na verdade, pra quem quase morrera esmagado por um carro a quase cem quilômetros por hora ele parecia bem. Alguns hematomas leves, arranhões, poderia ter sido pior. E enquanto analisava os machucados dele, Demi ergueu a mão devagar, não parecia ter muita consciência do que fazia, mais a levantou até tocar com calma o rosto dele.
Os olhos de Joe saíram de foco... Tudo em volta desapareceu, ele só conseguia enxergar o rosto dela e mais nada. Calor... A mão dela parecia quente em sua pele, não um calor desagradável, mais aquele tipo de calor que enlouquecia as pessoas.
Os sons fora do quarto desapareceram... A única coisa que ele ouvia era o som do seu coração e a estranha tranquilidade tomou conta de seu corpo... Era relaxante e ao mesmo tempo sinistro. Mais com aquele toque ele soube.

_Foi você_ ele sussurrou, forçando sua voz a sair, até respirar parecia difícil com ela o fitando daquele jeito_ você me tirou de lá.
_Não sabe o que esta dizendo_ a mão dela saiu do rosto dele e foi como se tivessem lhe dado um soco no estomago, todo aquele peso e as sensações ruins voltando ao mesmo tempo.
_Eu sei que foi.
_Eu estava do outro lado da rua Joe... Gostaria de ter salvado sua vida mais não fui eu.
_Porque esta mentindo?_ ele perguntou agoniado.
_Não estou mentindo... Você bateu a cabeça e esta confuso_ ela agora parecia irritada.
_Eu sei bem o que vi... Ou senti, tanto faz.
_Sabe mesmo Joe?_ ela desafiou_ você quase morreu agora pouco... Eu gostaria de ter feito isso mais sou só uma garota. Você saiu de lá sozinho, se alguém te ajudou eu não vi quem foi.

Ela o encarou, parecia desafiá-lo... Como se quisesse forçá-lo a acreditar. Aquelas perguntas e desconfianças não tornavam as coisas mais fáceis... Se ele soubesse o que realmente acontecera provavelmente piraria.
_Tudo bem_ ele sorriu de lado_ desculpe... Eu realmente devo estar confuso. É besteira minha mais... Eu podia jurar que alguém me tirou de lá.
_Talvez tenha sido seu anjo da guarda_ ela sorriu.
_Não acredito em anjos_ ele ficou sério.
_Porque não?_ ela pareceu decepcionada.
_Não sei_ deu de ombros_ só... Se anjos existissem o mundo não seria assim. Não é a obrigação deles nos proteger?
_Talvez eles estejam protegendo... E você só não perceba isso_ ela argumentou.
_Que seja_ deu de ombros_ o que importa é que estou vivo.

Ela forçou um sorriso pra ele e se levantou da cama ajeitando a roupa... Joe a fitou sério mais enquanto ela se afastava sentiu um estranho vazio tomar conta, substituindo a calma e a tranquilidade.

_Espero que fique bom logo_ ela disse com um leve sorriso antes de passar pela porta.

E Joe suspirou, se sentindo extremamente sozinho naquele quarto enorme... Apesar da presença de Demi o deixar nervoso, ele gostava e sentia um enorme vazio quando ela ia embora... Assim como no sonho, quando ela ia embora algo muito parecido com o desespero tomava conta. Não era um sentimento acolhedor nem saudável, mais ele não sabia como evitar.

No dia Seguinte...
Joe tivera que dormir no hospital, mesmo contra vontade sua mãe e os médicos o obrigaram a ficar, passara toda noite em observação embora garantisse a todos que estava mais que bem.
Quando acordou se sentia outra pessoa... Devia ser assim que as pessoas que escapavam da morte se sentiam, totalmente revigoradas, tirando é claro a leve dor na cabeça que havia diminuído bastante.
Joe estava terminando de vestir sua roupa quando a porta se abriu.

_Qual é brother?_ era Jake.
_Veio ver se ainda estou vivo?_ Joe perguntou sorrindo.
_Eu sei que esta_ deu de ombros_ vaso ruim não quebra.
Joe sorriu pro amigo, esse era Jake... Sempre fazendo ele se sentir bem não importava a situação.

_Ai, você assustou agente Bro... Não faz isso de novo_ Jake pediu.
_Vocês falam como se eu tivesse me jogado na frente daquele carro e não o contrário_ revirou os olhos.
_Do jeito que você é louco, acho que não me surpreenderia se tivesse sido isso mesmo.
_Eu por acaso tenho cara de suicida?_ ele perguntou indignado_ minha vida não é um mar de rosas mais eu gosto dela ok? Ainda pretendo viver muito e se eu quisesse acabar com a minha vida me jogava da ponte... Era mais original.
_Ta, não precisa estressar, era só uma piada_ Jake fez careta.
_Tanto faz... Cadê a Nick?_ Joe perguntou com um sorriso malicioso.
_Não sorri desse jeito descarado, você estragou meu encontro com a sua irmã_ fechou a cara.
_Não era minha intenção, mais é melhor assim... Ainda não ditei minhas regras.
_Regras?_ Jake arregalou os olhos.

Era besteira achar que Joe deixaria ele sair com sua irmã sem ditar algumas regras... Jake sempre soube que Joe era um irmão ciumento, dava pra ver isso pelo jeito que Joe protegia a irmã, como falava dela. Eles tinham um carinho especial um pelo outro mesmo sendo apenas meio irmãos.

_Sim, regras_ Joe afirmou_ se vai sair com minha irmã... Tem que ter regras.
_Que regras seriam essas?_ Jake exigiu saber.
_Nada de gracinhas, nada de mãos bobas... Sem beijos e nem pense em avançar aquela linha sacou?_ disse sério.
_Assim não vai ser um encontro_ fechou a cara_ vai ser um passeio de irmãos.

Joe sorriu ainda mais concordando, e enquanto fechava os botões da camisa percebeu um pó amarelo na barra.

_Cara, você é um saco_ Jake deu um soco de leve no ombro dele.
_Você diz isso porque não sou eu saindo com a sua irmã_ ele disse analisando o pó.
 
_Não é por falta de oportunidade, por algum motivo que eu não faço ideia ela acha você bonito_ ele disse como se fosse um absurdo_ mais ela sempre teve um péssimo gosto pra homens.
_Que engraçado_ Joe o olhou feio.

Jake começara a dizer mais alguma coisa, porém Joe já não ouvia mais, estava concentrado observando o pó em sua camisa, a camisa que ele estava usando na hora do acidente. Lembrou da visita ao museu que fizera uns minutos antes de tudo acontecer, aquilo que Jack mostrara pra ele... O pó amarelo... Enxofre.

_Não me lembro de ter tocado naquilo_ ele sussurrou pra si mesmo.
_Como é?_ Jake o olhou confuso.
_Enxofre_ ele estendeu a mão na direção de Jake, lhe mostrando o pó.
_Hã?_ Jake continuava o olhando sem entender.
_Antes do acidente eu fui ao museu_ Joe explicou_ Jack me disse que a única coisa que encontraram lá foi enxofre. Eu não toquei nele, mais esta na minha roupa.
_Você deve ter se sujado sem perceber_ Jake disse.
_Não estava antes do acidente_ Joe comentou.
_O que esta querendo insinuar?_ questionou.

Joe tinha quase certeza de que aquilo não fora exatamente um acidente... Havia uma grande possibilidade de ele estar alucinando, não andava bem esses dias, mais ele podia jurar que vira o motorista sorrir pra ele... Podia jurar que estava tentando o matar de propósito... Nunca esqueceria os olhos perturbadores. Algo naquela história estava errada.

_Acho que... Não foi um acidente_ Joe sussurrou.
_Como assim Joe? O Que esta querendo dizer?_ Jake perguntou preocupado.
_Se eu te confidenciar uma coisa... Promete que não conta a ninguém? É importante que ninguém saiba_ avisou.
_Sabe que pode confiar em mim_ Jake garantiu.
 
Joe puxou Jake pelo braço em direção a cama e os dois se sentaram de frente um para o outro. Joe esticou um pouco o rosto querendo conferir se não havia ninguém por perto.

_Harry não foi sufocado Jake... Cortaram a garganta dele_ Joe disse.
_Como é?_ Jake arregalou os olhos.
_Aquela história que saiu no jornal foi pra encobrir, pra evitar o pânico_ Joe explicou_ a verdade é que cortaram a garganta dele, eu vi o sangue... E não acharam pistas, nada... A única coisa que tinha na cena do crime era o enxofre.
_E você acha que isso tem ligação com seu acidente?
_Você vai achar que eu to louco, mais acho que não foi coincidência... Acho que estavam tentando me matar, e enxofre é só uma prova disso.
_Pode ser apenas coincidência Joe...
_Não é... Eu vi o motorista do carro sorrindo pra mim... Ele tentou me matar de propósito... Eu sei o que to dizendo.
_Porque alguém ia querer te matar?_ Jake perguntou.
_Não sei... Mais isso não foi coincidência Jake, escuta o que digo... Tem alguma coisa errada nessa história e eu vou descobrir o que é_ garantiu.

Antes que Jake tivesse a oportunidade de dizer qualquer coisa a porta do quarto se abriu e a mãe de Joe entrou junto com Richard. Os dois mudaram de posição na hora tentando parecer relaxados e despreocupados, mais agora que Joe tinha parado pra pensar fazia sentido... Devia confessar que estava um pouco assustado com isso, mais com ou sem a ajuda de Jake ele descobriria o que estava acontecendo.
 
 
Continua...
 
 
Obrigada a Jéhh Jonas pelo selo...que bom que esta gostando.
 
Quero divulgar tambem a web da Sarah ,Make it Right ainda não tive a oportunidade de ler...mas deve ser muito boa!
 
 
Momento desabafo!
 
Não sei se vou continuar essa web,, são muitos poucos comentarios, sendo que eu tenho bastante seguidores... a verdadeira escritora desse web ja esta na 3 temporada, mas eu não estou querndo postar aqui, ja que poucos estão gostando.
 
É isso, eu só vou postar da proxima vez se houver comentario
 
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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Chapter Four - Sulphur

Assim que saiu da escola Joe foi direto até o museu... Queria saber se tinham alguma novidade sobre o assassinato de Harry. Não conseguia imaginar quem ia querer machucá-lo. Só sabia que essa pessoa merecia morrer.
Dessa vez o policial o deixou entrar e Joe seguiu direto até o salão onde encontraram o corpo de Harry... Jack estava lá, olhando pra própria mão com curiosidade.

_Jack?_ Joe chamou.
_Ah, oi Joe_ Jack se virou pra olhá-lo com ar de surpresa, concerteza não esperava vê-lo ali.
_Desculpe vir perturbar_ sorriu sem graça_ só queria saber se tem novidades... Eu... Não consigo controlar minha curiosidade.
_Tudo bem_ Jack sorriu amigavelmente_ ainda não sabemos quem fez isso... Não temos nenhuma pista.
_Nada?_ seu rosto se contorceu com a decepção.
_A única coisa que achamos foi isso_ Jack estendeu a mão na direção de Joe, com a palma pra cima.

Joe estreitou os olhos pra ver melhor... Só conseguiu enxergar um pó amarelo espalhado pela palma da mão de Jack.

_Encontramos perto da grade de proteção e ao lado do corpo_ Jack disse esfregando um pouco os dedos e espalhando o pó.
_O que é isso?_ Joe questionou confuso.
_Eu não entendo muito dessas coisas... Mais segundo nosso perito ali é... Enxofre_ explicou.
_Enxofre?_ ele repetiu achando estranho_ de onde veio?
_Não faço ideia... Não estava aqui antes então creio que tenha sido trazido pelo assassino_ deu de ombros.
_Bom... Acho que isso não ajuda muito não é?_ perguntou sem muitas esperanças.
_Não, não muito_ Jack deu um meio sorriso, limpando a mão na calça.
Joe suspirou com impaciência... Seus olhos vagaram pelo recinto até onde um dia antes estava cheio de sangue. Agora os vestígios do crime haviam sumido... Tudo parecia normal de novo. Ou o mais normal quanto possível numa situação dessas.

_Vá pra casa Joe_ Jack disse o despertando de seus pensamentos_ não devia voltar aqui por enquanto... Esse ambiente não vai lhe fazer bem, a nenhum de nós.
_Mais quero saber se...
_Não se preocupe_ sorriu_ prometo que se tivermos novidades eu ligarei pra avisar.
_Obrigada.
_Não contou nada disso a ninguém não é?_ perguntou cautelosamente.
_Não... E nem pretendo, não se preocupe.
_Ótimo... Agora vá, eu lhe manterei informado.

Joe assentiu com um meio sorriso e saiu dali sem protestar... Aquele lugar estava lhe dando arrepios, sentia um clima pesado e ruim toda vez que entrava ali. A Extrema beleza do lugar havia se perdido.
Depois de caminhar um pouco, Joe parou no ponto de ônibus... Estava sem dinheiro pro táxi e não estava com paciência pra andar até em casa, resolvera então que pegaria um ônibus mesmo. Havia muitas pessoas na rua, mais ele estava sozinho ali no ponto, achou melhor assim, menos confusão, mais espaço pra seus devaneios.
Não estava com muita pressa, e depois de uns breves minutos sua mente vagara pra outro lugar... Estava de volta aquele estranho sonho que tivera mais cedo... A escuridão, os olhos azuis e tranqüilizantes e logo em seguida o olhar fulminante e assustador. Sacudiu a cabeça tentando afastar os pensamentos... E então seus olhos pareceram entrar em foco, voltando a enxergar o mundo a sua frente. Por um minuto Joe achou estar enlouquecendo ou talvez ainda estivesse sonhando... Mais piscou várias vezes e sacudiu a cabeça e ela não desaparecera, continuara lá, linda. Demi estava em pé do outro lado da rua, o observando com cautela, uma expressão insondável no rosto. Joe sentiu como se uma corrente elétrica atravessasse todo seu corpo... Era uma sensação estranha porém agradável.
_Demi_ sussurrou pra si mesmo, um sorriso surgindo em sua face sem sua permissão.
Ela sorriu também, um sorriso tímido e encantador... Joe se levantou do banco em que sentara pra esperar, era como se algo o puxasse pra ela. Teve vontade de atravessar a rua e ir até lá. E era o que teria feito se de repente o sorriso dela não tivesse se desfeito e se transformado em uma máscara de horror.

_NÃO_ ele não a ouviu gritar, mais pode ver que fora isso que ela gritara pelo movimento delicado de seus lábios.

Então ele ouviu... Um barulho ensurdecedor vinha de algum lugar... Rodas, um carro derrapando, gritos e pessoas correndo desesperadas. Seus olhos se desviaram do rosto de Demi e foram até mais a frente na rua onde um carro preto derrapava a toda velocidade na sua direção. O motorista sorria, seus olhos vermelhos cheios de desejo... Joe pensou em correr mais ficou congelado no lugar, os músculos travados.
Quando olhara na outra direção por reflexo Demi não estava mais lá... Tinha sumido.
E tudo havia virado um caos... O carro continuava vindo, ele ainda não se mexia... Mais no meio da confusão sentira braços o envolvendo e o empurrando pra longe, todos os gritos e sons pareciam ter sumido de repente e a única coisa que ele ouvia era um som diferente... Pareciam asas.
E então seu corpo estava batendo contra o asfalto, em seguida sua cabeça... Os braços a sua volta sumiram do mesmo jeito que apareceram e ele viu de relance o carro bater com toda força contra o poste onde a pouco ele estava em pé.
Sua visão estava embaçada, mais podia jurar ter visto uma fumaça negra saindo de dentro do carro e sumindo na confusão.

_Oh Meu Deus, você esta bem?_ alguém perguntou.
_Joe_ ele reconhecera aquela voz, era Demi, ela corria em sua direção vinda do nada e se abaixara ao seu lado com ar de preocupação estampado na face delicada_ Você esta bem?
_Eu... Eu não... _ ele não conseguia falar, tudo ainda girava.
_Chamem uma ambulância_ alguém gritou.

Todos olharam na direção do carro... A parte da frente que colidira contra o poste estava totalmente amassada e destruída, tinha fumaça pra todo canto... Alguns pedaços de metal.

_Joe_ Demi tocara o rosto dele com calma_ você ta bem? Fala alguma coisa.
Ele não disse nada, o toque dela pareceu levar embora toda a dor... Os sons em volta se calaram... Como acontecera quando o empurraram pra longe do carro. Mais não fora ela... Ela estava longe.
_Fala comigo_ ela pediu.
_Eu acho que... Estou bem_ a voz dele falhou.

Ela de repente olhou na direção do carro destruído... Joe estava com a visão turva mais pode sentir ela ficar tensa ao seu lado e podia jurar que vira seus olhos ficarem totalmente brancos, como acontecera de manhã. Ela o encarara com aqueles olhos... O coração batia forte contra o peito e ela tirou suas mãos dele, se afastando... O toque macio e delicado fora substituído por outro mais apressado e os sons voltaram... Sirenes... Era um paramédico que o examinava.
O homem lhe fazia perguntas, mais Joe não respondia... Ficou observando assustado Demi sumir no meio da multidão.

_Esta sangrando_ o paramédico disse_ esta doendo muito?
_Eu... Não sinto_ Joe sussurrou atordoado.
_Deve estar em estado de choque_ alguém disse_ Vamos levá-lo ao hospital.
_E o motorista do carro?_ alguém perguntou.
_Esta morto_ outra pessoa respondeu.

Enquanto os médicos o colocavam em uma maca, Joe olhou na direção do carro... Uma multidão se formava em volta do lugar, e a rua estava tomada pela confusão, pessoas indo e vindo, algumas chorando... Mais Joe podia jurar que vira uma mulher abrindo a porta do carro e segurando a mão do motorista, o levando pra fora da confusão... Podia jurar ter visto um par de asas negras em suas costas e eles sumirem no ar... Como fumaça.
Piscou os olhos com força, sentindo que o levantavam do chão, algo quente escorria por sua cabeça... Era sangue. Seus olhos voltaram ao carro e teve certeza que fora uma alucinação, pois agora via dois médicos tirando o corpo sem vida do homem de dentro carro destruído. Piscou mais uma vez e tudo ficou escuro, não conseguiu abrir mais, sendo vencido pelo cansaço e o terror.



Terror... Caos... Confusão... Gritos e desespero por todos os lados.
Era só isso que ele conseguia enxergar... Não importava pra onde ele olhasse, só havia confusão.
Mais antes que entrasse em desespero ela aparecera... E foi como se todo o mundo de repente tivesse parado... Ele não girava mais, não havia som algum, não havia dor... Só paz e tranqüilidade e uma estranha eletricidade que parecia manter seu corpo inteiro alerta. Ela sorrira, os olhos azuis brilhando... E sua mão macia acariciara o rosto dele, lhe causando arrepios.
_Esta tudo bem agora_ ela sussurrou, sua voz de sinos_ eu estou aqui... Vou te proteger.
Ele dera um passo mais a frente... Se aproximando mais dela, seus rostos a poucos centímetros, o perfume inebriante quase lhe tirando os sentidos... Tão doce.
E antes que a distancia fosse vencida uma luz branca ofuscara seus olhos o trazendo de volta a realidade.

_Joe?_ uma voz cheia de preocupação chamou.

Joe abriu os olhos contra vontade... Tudo a sua volta era tão claro e irritante. Seus olhos se recusavam a ficar abertos e uma dor em sua cabeça o impedia de raciocinar... Só queria fechar os olhos e voltar aquele lindo sonho... Voltar a ver a face do anjo.

_Filho, fala comigo_ à voz insistiu com preocupação.
Com um pouco de dificuldade Joe percebera que aquela voz era de sua mãe e forçou sua mente a despertar... Tinha que dizer a ela que estava bem, que estava vivo, que não se preocupasse mais. Se tinha uma coisa que não suportava era ver sua mãe mal.
Quando seus olhos entraram em foco... Com uma pontada de raiva e agonia ele percebera que estava em um hospital... Toda aquela brancura eram as paredes do quarto... Ele gemeu. Odiava hospitais mais que qualquer coisa na vida.

_Joe querido... Fala com a mamãe_ ela voltou a pedir.
_Eu estou bem mãe_ ele sussurrou tão baixo que ela teve de se esforçar pra ouvir.
_Graças a Deus... Não sabe o susto que me deu_ ela suspirou passando a mão nos cabelos dele.

Ele tentou se sentar pra olhar pra ela, mais não sentia seu corpo... Estava fraco, mole e sem energia... Se sentia sem vida.

_Fique quieto querido_ ela pediu.
_Não sinto meu corpo_ ele disse um pouco exasperado.
_É por causa da anestesia querido, não se preocupe... Daqui a pouco vai passar_ ela sorriu acolhedoramente_ é pra que você não sinta dor.
_Eu quero ir pra casa_ ele resmungou.
_Você vai quando estiver em condições_ ela disse acariciando o rosto dele com cuidado.
_Não quero ficar aqui_ ele protestou_ odeio hospitais... Eu estou bem.
_Não, não esta_ disse um pouco exaltada_ quase morreu agora pouco.
_Quase, mais pra azar de vocês ainda estou vivo_ ele zombou.
_Não fale assim Joe_ ela protestou_ nem brinque com uma coisa dessas.
_Vou morrer se continuar nesse lugar horrível_ ele gemeu.
_Sempre com sua aversão a hospitais_ ela riu dando um beijo na testa dele.

Desde pequeno Joe não gostava de hospitais... Quando era pequeno e sua mãe o levava a um ele entrava em desespero e começava a chorar. Preferia passar dias sofrendo em casa a ir a um hospital.
_Durma mais querido... Vai estar melhor quando acordar_ ela sussurrou.
_Não quero dormir... Quero sair daqui_ ele resmungou se remexendo na cama.
_Vou chamar uma enfermeira pra lhe dar mais anestesia... Precisa descansar_ ela se levantou.
_Não_ ele arregalou os olhos_ não quero mais remédios.
_Você não tem que querer nada... Agora fique quietinho ai que eu já volto_ ela disse.

Joe tentou argumentar, mais estava fraco e confuso demais pra isso... Talvez dormir fosse mesmo o melhor. Talvez quando acordasse estivesse em casa... Ou talvez voltasse a sonhar com ela. Mais antes que pegasse no sono ouviu a porta se abrir.
_Veio ver se eu morri?_ Joe perguntou baixinho, mesmo sem olhar sabia quem era... Conhecia o perfume doce de sua irmã e o som delicado de seus passos... Era estranho, mais ele a conhecia como ninguém.
_Não tenho tanta sorte_ ela brincou.

Joe riu baixinho, mais aquela ação trouxe dor a sua cabeça e ele parou no mesmo instante gemendo... Nicole foi se sentar na beirada da cama e segurou de leve a mão dele.

_Me deu um susto Joe... Nunca mais faça isso_ ela disse de cabeça baixa.
_Pensou que fosse se livrar de mim é? Não é tão fácil quanto parece_ ele zombou.
_Estou falando sério_ ela fez careta.
_Não se preocupe... Eu vou ficar bem_ ele disse agora sério_ melhoraria mais rápido fora desse lugar.
_Você ainda tem problema com hospitais é?_ ela riu.
_Odeio esse lugar... É tão branco e... Tem cheiro de álcool_ ele fez careta fazendo a irmã rir.
_Não se preocupe_ ela acariciou os cabelos dele_ você vai sair logo... Graças a Deus o seu acidente não foi grave.

É... Poderia ter sido pior. Pior se alguém não tivesse lhe tirado do caminho... Poderia parecer loucura, mais nada lhe tirava da cabeça que quem o salvara fora Demi... O que sentira quando ela lhe tocara era inconfundível.
Ele fechou os olhos querendo espantar os pensamentos... Em outra ocasião teria sacudido a cabeça, mais agora qualquer movimento parecia doloroso demais.
Ele também viu que Nicole encarara o relógio na parede e suspirara... Então se lembrara que a essa hora ela devia estar num encontro com Jake. Que ele estragara... Não de propósito, mais que estragara.

_Desculpe_ ele sussurrou_ estraguei seu encontro não foi?
_Se não te conhecesse bem diria que fez isso de propósito... Só pra não ver seu melhor amigo pegando sua irmã_ ela riu.
_Eca_ ele fez careta_ bem lógico isso... Eu quase morri atropelado de propósito pra impedir que vocês saíssem_ riu_ se eu quisesse atrapalhar teria feito uma coisa mais normal... Mais sutil.
_Como o que, por exemplo?_ ela perguntou.
_Ir ao encontro com vocês... Ameaçar encher o Jake de porrada... Coisas assim_ disse com naturalidade.
_Cara de pau_ se ele não estivesse mal ela concerteza teria dado um tapa nele.

Realmente era estranho a ideia de ter sua irmã junto com seu melhor amigo... Mais até onde ele percebera os dois se gostavam de verdade e ele não podia estragar isso... Até que formavam um bonito casal, contanto que não se agarrassem na frente dele é claro.

_Mais não se preocupe... Nós remarcamos o encontro pra amanhã_ piscou pra ele.
_Ah que droga_ ele gemeu_ acho que vou me jogar na frente de um trem amanha.
_Ai seria mais fácil... Você morreria e eu não teria que me preocupar_ deu de ombros.
_É bom saber que você me ama_ ele sorriu.

Os dois ficaram em silencio, e então uma enfermeira entrou no quarto trazendo uma seringa... Joe fechou os olhos fazendo uma careta, Nicole riu. Mais a enfermeira colocada o medicamento no soro pra alivio de Joe. Ela saiu logo em seguida deixando novamente os dois a sós.
_Medo de agulhas também?_ ela riu.
_Não enche Nick_ ele disse zangado.
_Descanse maninho_ ela sussurrou.

Não demorou pra que o medicamento fizesse efeito... Logo as coisas começaram ficar turvas, embaçadas. Joe foi tomado por um imenso torpor... Um vazio... Um sono profundo. Lutou pra manter os olhos abertos e viu Nicole sorrindo pra ele.

_Te amo maninho_ ela sussurrou acariciando os cabelos dele.

E então tudo ficou escuro... Seus olhos se fecharam cansados e ele foi dominado pelo sono.
 
Continua...
 
Obrigada pelos comentarios...
 
Faanyh_lover: Obrigada pelos selos... que bom que vc esta gostando do meu blog, infelizmente não vai dar temto de repassar os selos, mas eu fico muito agradecida.
 
Beijos...
 
Comentem!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Chapter Three - Past

Joe estava parado no meio da escuridão, não sabia onde estava... Não conseguia ver nem ouvir nada naquela escuridão e naquele silencio, apenas o som de seu coração que batia descompensado, aterrorizado de medo.
Mais de repente algo mudou... Ele pode ouvir passos vindo em sua direção e então ela estava ali, bem na sua frente... Os olhos azuis brilhando, pareciam iluminar a escuridão aterrorizante. Ela estendeu a mão pra ele, o convidando.

_Venha comigo_ ela pediu_ confie em mim.
_Mais eu não vejo nada_ ele disse ainda assustado.
_Você vai achar o caminho_ ela garantiu com um enorme sorriso antes de dar um passo pra trás e sumir novamente na escuridão.
_DEMI_ ele chamou, mais não houve resposta_ Demi.
_Confie em mim_ à voz repetiu, mais ele não via ninguém.

Em um surto repentino de confiança ele seguiu a voz, sem enxergar nada a sua frente... Mais quanto mais adentrava a escuridão, mais o desespero aumentava... E se não achasse a saída? E se ficasse perdido ali?
Ouviu passos novamente, e os lindos olhos azuis foram substituídos por órbitas vermelhas e sombrias... A mulher sorriu.

_Ela vai te enganar_ a mulher sussurrou alegremente_ vai te abandonar e deixar você morrer.
_Não_ Joe sacudiu a cabeça, os olhos se enchendo de água.
_Ela não gosta de você... Ela vai matá-lo_ a voz dizia com vontade, parecia saber que aquilo destruía seu coração.
_Não... Não_ ele repetia freneticamente.
_Não confie nela... Ela não pode salvá-lo_ riu_ ela não se importa com você... Você vai ser meu... Só meu.
_NÃO.
O grito ecoou no silencio, confundido com a risada maléfica da mulher.
Joe abriu os olhos sobressaltado, o coração lhe saltando do peito... O ar lhe faltando. Quando seus olhos entraram em foco percebeu que estava jogado no chão ao lado da cama, algo quente escorria por seu rosto... Suor. Ele sentou confuso... E como se pra trazê-lo de volta a realidade o despertador tocou.
Seus olhos vagaram pela escuridão do quarto... Não conseguia enxergar nada a sua frente, era como um deja-vú. Quando a luz de seu quarto se ascendeu, por um instante teve medo de ver aqueles olhos o encarando. Mais ao invés disso viu sua mãe, ela o observava preocupada.

_Filho, ta tudo bem?_ ela perguntou_ o que esta fazendo no chão?
Joe não respondeu, só a fitou ainda confuso... Não sabia se estava acordado ou ainda dormia.
_Joe_ sua mãe chamou de novo_ você ta bem filho? Fala comigo.

Ela atravessou o quarto e desligou o despertador que tocava insistentemente, então se abaixou ao lado de Joe, passando a mão pelo cabelo dele que estava encharcado com o suor.

_Meu Deus Joe, você esta pegando fogo_ ela disse com a mão na testa dele.
_Eu to bem_ ele disse, mais foi uma reação automática_ eu to bem mãe.
_O que houve filho?_ questionou preocupada.
_Foi só... Um pesadelo mãe... Só um pesadelo_ ele disse sacudindo a cabeça.
_Ta tudo bem mesmo?_ ela insistiu_ você parece... Mal.
_Eu to bem mãe... Só preciso de um banho_ ele se levantou um pouco tonto.
_Não é melhor ficar em casa hoje?
_Não mãe, eu to bem... Não se preocupe.

Ele forçou um sorriso pra mãe e caminhou até o banheiro... Se despiu e abriu o chuveiro, deixando a água fria cair sobre sua pele, enxaguando o suor, e levando junto o mal estar... O sono. Ficou ali debaixo por um bom tempo, tentando não pensar no sonho.
Joe estava agora sentado na fonte no meio do pátio... Esperava o sinal tocar longe dos amigos, da conversa. Queria apenas um pouco de paz, mais toda vez que fechava os olhos via um par de olhos vermelhos o encarando. Não era nada reconfortante.

_Você ta bem?_ uma voz incrivelmente suave e delicada perguntou, lhe enchendo com uma paz inesperada.
Ele virou o rosto e sorriu automaticamente ao dar de cara com bela menina ali ao seu lado. Os olhos azuis dela brilhavam exatamente como em seu sonho... Lhe transmitindo confiança e tranqüilidade.
_Só estou cansado_ ele deu de ombros.
_Ainda tendo pesadelos?_ ela questionou curiosa.
_Sim_ ele afirmou_ me atormentam toda noite.
_Às vezes eu também tenho pesadelos_ Demi sussurrou_ e o mais assustador é que eles acontecem quando estou acordada.
_Sobre o que são seus pesadelos?_ ele perguntou interessado, saber que ele era não era o único lhe dava uma fina esperança de que não fosse totalmente louco.
_Meu namorado_ ela sussurrou ainda mais baixo.

Por um instante Joe se sentiu decepcionado ao saber que ela tinha namorado... Mais foi só um instante, a sensação passou do mesmo jeito que viera e seu foco voltou ao assunto.

_Você tem namorado?_ ele perguntou.
_Eu tinha_ o leve sorriso que iluminava seu rosto desapareceu, dando lugar a raiva_ ele morreu... Foi assassinado.
_Sinto muito_ Joe disse.
_Já faz muito tempo_ ela explicou_ mais a cena volta sempre a minha cabeça, me atormentando... Ele morrendo pra que eu pudesse viver.
_Como assim?_ ergueu a sobrancelha intrigado.
_Ele morreu pra salvar minha vida_ ela sorriu novamente_ se sacrificou por mim.
_Ele devia amar muito você_ comentou.
_É... Ele era... Um anjo_ sua voz sumiu.
 
Joe observou com cuidado a tristeza mudar a expressão no rosto da menina... E ela mesma não sabia por que estava contando aquilo a ele... Justo a ele. Era tudo por culpa dele. Demi sentira seu coração se acelerar... A terrível cena daquele dia voltando a sua mente, trazendo de volta toda angustia... Sentiu seu corpo se incendiar com uma conhecida sensação... Uma que ela costumava evitar.
Joe se sobressaltou ao observar os olhos azuis da menina... Conforme a respiração dela se acelerava eles iam perdendo a cor e ficaram totalmente brancos.

_Seus olhos_ Joe sussurrou um tanto assustado.

Demi virou o rosto na direção dele, Joe sentiu seu coração disparar e seus olhos se arregalarem quando a viu o encarando com aqueles olhos... Incrivelmente sinistro e assustador. Assim que percebeu a expressão de desespero no rosto dele, Demi fechou os olhos e respirou fundo. Depois voltou a fitá-lo tentando sorrir...

_O que tem meus olhos?_ ela questionou, era perceptível que o sorriso em sua face custara um esforço pra estar ali.
Por algum motivo Joe não quisera dizer o que vira... Ainda achava que estava delirando por causa da falta de sono. Afinal aquilo era loucura, não tinha como ser real.
_São lindos_ ele desconversou, ainda a olhando profundamente_ igual nos meus sonhos.
_Não sabia que eu estava nos seus sonhos_ ela disse séria.
_São só sonhos_ ele deu de ombros, desviando os olhos com vergonha... Não era necessário dizer que estava sonhando com ela.
_Sei que sou estranha_ ela riu_ minha pele pálida, meu cabelo escorrido... Mais não sabia que eu causava pesadelos nas pessoas.
_Não_ ele discordou sorrindo_ você é a parte boa dos pesadelos.

Os dois se encaram em silencio... Era incrivelmente fácil pra Joe se perder naquela imensidão azul. E por alguma razão que Demi não entendia, Joe era mais interessante do que ela imaginara... Mais do que haviam lhe dito.
Ele era muito diferente... E fascinante.
_Oi_ Nicole comprimentou alegremente_ interrompo alguma coisa?
_Não_ Demi respondeu ainda fitando Joe.
_Não vai me apresentar Joe?_ ela perguntou curiosa pra saber quem era aquela menina.
_Nicole, Demi... Demi, Nicole_ ele disse rapidamente, fazendo um gesto com as mãos.
_Sou a irmã dele_ ela sorriu timidamente.
_É um prazer_ Demi sorriu também_ você é muito bonita.
_Obrigada_ Nicole agradeceu sem jeito_ você tem lindos olhos... E adorei seu cabelo... O que faz pra ele ficar tão liso?
_Nicole?_ Joe a olhou feio.
_Que é? Eu preciso dessa receita... O meu cabelo esta impossível ultimamente_ ela fez careta.
_É natural_ Demi riu.
_Não brinca?_ arregalou os olhos.
_Bom... É melhor eu deixar vocês dois conversarem_ Demi se levantou_ agente se vê por ai.
_Não, espera ai... Me diz que shampoo você usa_ ela gritou vendo a garota se afastar.
_Nick_ Joe resmungou irritado... Só sua irmã pra pagar um mico desses.

Nicole voltou sua atenção à cara irritada do irmão, mais não ligava pro mau humor dele, nada conseguiria estragar seu dia.

_Não sabe o que aconteceu_ ela disse animada.
_Me deixa adivinhar... Você acabou de bancar a idiota na frente da menina?_ perguntou ironicamente.
_Não seu engraçadinho... Tenho um encontro hoje_ ela disse sem se abalar com o comentário.
_Não me diga que marcou mesmo um encontro com Jake?_ ele fez careta.
_Sim... Vamos sair hoje a noite_ ela suspirou_ não é o máximo?
_Érr... Se você ta dizendo_ ele forçou um sorriso.
_Que é? Vai bancar o irmão ciumento?_ ela riu.
_Não... Mais preciso ter uma conversa com ele_ comentou.
_Não vai estragar meu encontro ditando aquelas regras ridículas né? Isso era pra ser trabalho do meu pai_ ela revirou os olhos.
_Ele tem que saber que não pode passar dos limites com a minha irmã... E eu sou seu irmão, tenho que cuidar de você.
_Ai que bunitinho_ ela apertou a bochecha dele.
_Para com isso menina_ ele tirou a mão dela do rosto_ chega com a melação.
Nicole riu da cara que o irmão fez... E percebeu que de repente a atenção dele mudara de foco, ele estava se esticando um pouco, olhando Demi de longe, com atenção e curiosidade.

_Ela é bonita_ comentou.
_É sim_ ele concordou vagamente.
_E pelo jeito que você fica olhando pra ela... Já vi que...
_Você não viu nada Nick... Não se meta no que não é da sua conta_ ele disse irritado.
_Credo_ fez careta_ Eu sei do que você precisa pra acabar com esse mau humor... Uma namorada.
_Não preciso de uma namorada_ ele discordou.
_Ainda esta traumatizado pela sua ultima experiência?_ ela riu_ nem todas as garotas são como a Ashley maninho.

Joe suspirou... Não gostava nem de lembrar do tempo que namorara Ashley Greene. A patricinha da escola... A garota mais fútil que já vira na vida. Sinceramente não sabia por que ficara quase um ano com ela... Agora parecia estupidez.
Ashley era bonita sim, mais não valia o esforço... Era mais falsa que uma nota de 15 reais.

_Não sei por que namorei com ela_ ele estremeceu_ é tão...
_Eu sei... Ela é fútil e idiota_ revirou os olhos_ demorou muito pra notar.
_Eu devia estar mesmo desesperado_ sacudiu a cabeça.
_Não fale assim_ ela pos a mão no ombro dele_ Ashley deve ter suas qualidades.
_Me diga uma_ ele desafiou.
_Ah, sei lá... Poder se comunicar diretamente com o diabo deve ser uma coisa boa_ ela deu de ombros com um ar sarcástico

Joe não respondeu, simplesmente caiu na gargalhada ali mesmo... Nicole riu junto com ele. Ficaram como dois idiotas ali enquanto todos no pátio o encaravam espantados.
Alguém por acaso já disse que você não presta?_ Joe questionou tentando controlar seu ataque de risos.
_Você me diz isso todo dia_ ela revirou os olhos respirando fundo.
_Você é mesmo diabólica_ ele a abraçou de lado.
_É por isso que me ama tanto né?_ perguntou com ar convencido.
_É sim... Te amo muito maninha_ ele sorriu e deu um beijo no topo da cabeça dela.
_Depois eu que sou a melosa_ ela revirou os olhos.

Joe continuou rindo, feliz por se livrar daquele clima de tensão que o rodava nos últimos dias pelo menos por alguns minutos. Ainda faltavam cinco minutos pro sinal do inicio da aula tocar... E Jake chegou apressado, pensando que estava atrasado.

_Nossa que pressa_ Joe riu_ vai tirar o pai da forca?
_O sinal ainda não bateu?_ ele perguntou respirando com dificuldade.
_Faltam cinco minutos ainda_ deu de ombros.
_Que droga... Quer dizer que corri 4 quilômetros feito um louco atoa?_ ele fez careta.
_É isso ai_ concordou.
_Droga, preciso de um relógio novo, essa porcaria vive adiantando_ ele tirou o relógio e tacou longe.

Jake se virou de repente e então só ai viu Nicole parada bem ao seu lado, lhe observando com um sorrisinho tímido... Na mesma hora Jake sorriu também e os dois ficaram se encarando... Joe revirou os olhos. Só o que faltava na sua vida era ver seu melhor amigo e sua irmã apaixonados um pelo outro.

_Bom dia Nick_ ele disse sorridente.
_Bom dia Jake_ ela suspirou.
_Porque quando ele te chama de Nick você suspira e quando eu te chamo assim você só falta me bater?_ Joe questionou indignado.
_Saindo da sua boca o apelido não fica tão fofo_ ela disse ainda suspirando e encarando Jake.
_Eca... Senhor diga que estou sonhando_ ele juntou as mãos e olhou pro céu como se estivesse rezando_ porque eu dei o telefone dele pra ela?
_Cala a boca_ Nicole deu um tapa nele.
_Ai, cuidado_ ele resmungou esfregando o braço.
Pra sorte de Joe o sinal indicando o inicio das aulas tocou, ele foi o primeiro a sair dali deixando Nicole e Jake sozinhos, que vieram em seguida juntos, sem desviar os olhos um do outro.
Ele entrou na sala e sentou em sua cadeira de costume, notando que Demi não estava ali. Ficou de repente ansioso olhando a porta, esperando que ela aparecesse. Achava que estava com um pouco de medo que ela desaparecesse como no seu sonho, não fora uma coisa agradável, ela deixara um buraco em seu peito, um vazio enlouquecedor.
E quando as horas foram passando e ela não entrou na sala, ele não conseguiu prestar atenção na aula imaginando onde ela estaria, onde teria ido.

_Procurando à novata?_ Jake perguntou rindo_ esta perdendo seu tempo.
_Porque diz isso?_ Joe se virou pra encará-lo.
_Quando eu estava vindo pra sala a vi saindo da escola apressada_ explicou.
_Saindo? Mais... Pra onde?
_Não sei, mais ela não estava sozinha... Tinha uma garota com ela... Elas se pareciam muito_ Jake deu de ombros_ deviam ser irmãs ou algo assim. Elas tem o mesmo cabelo liso e comprido, a pele pálida... Eu te diria a cor dos olhos, mais no momento só lembro da cor dos da Nicole... Tão lindos_ suspirou.

Joe forçou um sorriso pro amigo... E passou o resto da manhã imaginando onde ela teria ido... Ela parecia tão calma quando se viram mais cedo. Não que fosse de sua conta, mais ele não conseguia evitar a curiosidade que o consumia aos poucos.
 
continua...
 
eu postei um capitulonovo, mas to muito triste... só havia dois comentarios!
 
obrigada, quem comentou....

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Chapter Two - The new girl

A garota atravessou o refeitório a passos largos e firmes, sem desviar nenhum momento os olhos da mesa... E enquanto ela se aproximava Joe sentira seu coração de acelerar, um calafrio inundar seu corpo o fazendo estremecer levemente.
Ela parou em frente ao banco vazio na frente de Joe, olhando pra ele.

_Posso me sentar aqui?_ ela perguntou com sua voz delicada e suave.
_Quer se sentar com um bando de homens enlouquecidos ao invés de se sentar com as líderes de torcida?_ Jake ergueu a sobrancelha incrédulo. O que uma garota como ela fazia ali?
_Antes os malucos do que as patricinhas histéricas_ ela deu de ombros_ e acho que as garotas dessa escola não vão muito com a minha cara. Vai entender.
_Eu entendo muito_ Jake garantiu a olhando com cara de idiota.
_Pode sentar_ Drake que estava ao lado dela disse.
_Obrigada_ ela sorriu docemente.

A garota se sentou no banco, colocando a bandeja que tinha em mãos sobre a mesa e ergueu os olhos até olhar novamente pra Joe, que continuava a lhe fitar com uma expressão estranha no rosto.

_Bom_ Jake disse_ Eu sou Jake, aqueles são Drake, Josh, David, Erick, Michael e o estranho ai na sua frente é o Joe.
_Prazer, eu sou Demi_ ela disse sorrindo.
_E de onde você veio Demi?_ Josh questionou.
Ela o fitou por um instante como se pensasse em uma resposta praquela simples pergunta.
_Sou aqui mesmo de Los Angeles, de uma cidade próxima_ ela disse finalmente_ me mudei essa semana.
_E porque veio pra esse fim de mundo?_ David perguntou rindo.
Os olhos dela foram parar automaticamente no rosto de Joe_ Trabalho.
_Você trabalha?_ Jake pareceu surpreso.
_Sim_ ela respondeu_ nada muito estimulante.
Joe abaixou os olhos até sua bandeja, girando a lata de refrigerante e mexendo em uma batata... Não estava com fome, só com sono, cansado e agora com uma estranha sensação, como se alguém o estivesse vigiando. Talvez fosse o jeito como a menina a sua frente o encarava, não sabia bem... Mais se sentia mal.

_Você esta bem Joe?_ Demi perguntou_ parece meio... Cansado.
_Então eu não fui o único que notei_ Jake brincou.
_Só estou com sono_ ele deu de ombros ainda com a cabeça baixa_ não consegui dormir essa noite.
_Anda tendo pesadelos?_ ela questionou de forma um tanto quanto sombria.
Ele ergueu os olhos na mesma hora... Como ela sabia que ele tinha pesadelos?
_Como sabe disso?_ ele perguntou espantado.
_Só um palpite_ ela deu de ombros_ geralmente pesadelos costumam impedir que as pessoas durmam.
_Você tem que parar de ver aqueles filmes de terror_ Jake o cutucou rindo.
_É_ ele forçou um sorriso.

Baixou os olhos novamente pra sua bandeja intocada, aquilo que Demi dissera não lhe parecera um palpite, era como se ela soubesse do que estava falando. Besteira Joe, pensou ele, ela não tem como saber sobre os seus sonhos. Respirou fundo tentando se acalmar, andava meio paranóico nos últimos dias, como se tivesse alguém o vigiando, o seguindo. Devia ser um reflexo das noites mal dormidas.

_Alguém por acaso viu o meu celular?_ Jake perguntou e sorriu pra Joe_ estou esperando uma ligação importante.
_Você emprestou pro Michael anteontem na aula de biologia, na hora do teste pra que ele pudesse ver as respostas que você copiou lá_ Joe disse ainda com os olhos na bandeja.
_Como você sabe disso?_ Jake fez careta.
_Nem eu me lembrava disso_ Michael disse espantado, mais pegou o celular no bolso e entregou a Jake.
_Eu tenho boa memória_ deu de ombros.
_Por isso que só tira dez_ David revirou os olhos.
_Eu chamo isso de ser nerd_ Drake disse rindo.

Demi sorriu discretamente sem que ninguém percebesse... Ficou imaginando até onde se estenderia essa sua ótima memória. E como se respondendo a sua pergunta Jake fez um comentário.

_Ai cara, sabia que você me assusta às vezes?_ Jake perguntou e depois de virou pra Demi_ ele não esquece nada... Nunca esquece um dever de casa, uma data de aniversário, placas de carro, telefones... Eu disse a ele o numero de uma garota uma vez e fui perguntar a ele dois meses depois... Acredita que ele se lembrava?
_Incrível_ Demi comentou impressionada.
_Não é pra tanto_ Joe fez careta_ todo mundo pode fazer isso.
_Não é verdade, eu não consigo_ Jake discordou.
_Porque você é preguiçoso_ Joe acusou rindo.
_Na verdade isso não é comum Joe_ Demi disse_ se chama memória fotográfica... Poucas pessoas são capazes de fazer isso, se lembrar de detalhes assim... É uma habilidade incrível.
_Não_ ele discordou_ eu não tenho habilidades incríveis... Só uma mente desocupada, que uso mais que esses cabeças ocas aqui.
_Eu não sou cabeça oca_ Jake protestou_ e eu uso minha mente... Só que pra outras coisas.

Joe revirou os olhos... Mais sua mãe e seu padrasto já tinham lhe falado sobre isso, sobre sua incrível memória. Claro que ele nunca dera bola, não era nada muito extraordinário... Ele só prestava atenção nas coisas.
Todos na mesa voltaram a conversar sobre outras coisas, deixando o assunto de lado... E Demi continuava a observar Joe em silencio, como se ele fosse algo extremamente interessante. Ou pelo menos intrigante. Não era uma sensação muito agradável, tinha algo naqueles olhos azuis dela incrivelmente perturbador. Ele não sabia explicar o que, mais agradeceu quando o sinal do fim do intervalo tocou, e ficou feliz por poder voltar à aula... Poderia tentar dormir um pouco e esquecer de tudo.

Quando chegou o fim da manhã Joe se levantou de seu lugar na sala de aula muito apressado... Não deu tchau aos amigos e foi logo se dirigindo a saída da escola. Mais antes que passasse pelo portão Jake se enfiou na sua frente, tapando sua passagem.

_Aonde vai com tanta pressa?_ Jake perguntou_ você anda muito rápido cara, quase não te alcanço.
_Tenho que ir ao museu_ ele disse rapidamente.
_Ah, eu li no jornal a noticia sobre a invasão... Sinto muito pelo Harry.
_É eu também... Vou até lá ver se alguém tem novidades sobre o caso.
_Quer que eu vá com você?_ sugeriu.
_Não, devem estar fazendo investigações por lá, provavelmente nem vão me deixar entrar, mais vou assim mesmo.
_Ta bom, me liga depois pra dizer o que descobriu?
_Ligo sim... Tchau Jake.

Joe se despediu rapidamente do amigo e ajeitando a mochila nas costas atravessou correndo a rua... Pegou o primeiro táxi que avistou e seguiu em direção ao museu. Durante todo o caminho seus pensamentos vagavam, imaginando o que teria acontecido, o que encontraria por lá... E se pegou desejando que seja lá quem matara Harry, morresse também, era o que um assassino merecia.
Quando o táxi estacionou em frente ao museu... Havia carros de policia pra todos os lados, pessoas circulando, policias discutindo e gritando instruções uns pros outros.

_Desculpe senhor, mais não pode passar por aqui_ um dos policias estendeu as mãos pedindo que ele parasse.
_Mais eu trabalho aqui... Sou guia do museu_ Joe explicou.
_Desculpa, mais não pode passar_ o policial insistiu.
Joe bufou inconformado e se esticou na ponta do pé tentando ver algo mais a frente.
_Tudo bem_ ouviu uma voz conhecida dizer_ deixe ele passar... Trabalha pra mim.
_Sim senhor_ o policial concordou.

O policial se afastou dando passagem a Joe e ele viu mais a frente Jack Saniére... O diretor do museu. Sorriu agradecido e caminhou calmamente até ele.
Obrigada senhor_ agradeceu_ descobriram quem fez isso com Harry?
_Venha comigo Joe_ ele pediu passando a mão pelo ombro do rapaz.

Joe assentiu e seguiu Jack pra dentro do museu... Os dois seguiram em silencio pelos salões do museu. Mesmo depois de quase um ano trabalhando como guia do museu, Joe não deixava de ficar impressionado com a beleza do lugar, as pinturas incríveis, a decoração... Mais naquele dia, com todas aquelas pessoas, aquele falatório, a beleza do lugar se perdera dando lugar a um ambiente sombrio e de caos.
E quando ele pensara que não podia piorar... Vira no meio do salão uma enorme possa de sangue. Sentiu seu estomago se embrulhar ao mesmo tempo em que seus olhos se esbugalhavam de terror.

_O que... Da onde veio esse sangue?_ Joe perguntou a Jack.
_É do Harry_ ele disse.
_Pensei que ele tivesse sido sufocado_ Joe disse com a voz falha.
_Na verdade isso foi à história que eu mandei publicar no jornal_ Jack explicou_ a verdade só causaria caos e pânico nas pessoas, achei que o certo era... Dar uma amenizada na história e manter as coisas em sigilo.
_E o que realmente aconteceu?_ Joe questionou, sem conseguir desviar os olhos do sangue.
_A garganta dele foi cortada_ Jack sussurrou_ ele foi encontrado bem ali... Todos os seus pertences no lugar, exceto a chave do museu que todos os seguranças têm.
_Acha que o mataram pra roubar a chave do museu?_ Joe fez careta.
_Não... Não faz sentido, se quisessem roubar algo do museu eles já teriam feito... Não precisaram de chave pra entrar. Talvez Harry tenha perdido ou deixado em outro lugar... Ainda não tenho certeza.

Joe ficou em silencio... Os olhos grudados no sangue espalhado pelo chão... Se pegou imaginando a cena e sentiu que iria vomitar. Jack percebeu que ele ficara pálido e escorara a mão em seu ombro.

_É melhor você ir pra casa Joe_ Jack sugeriu_ não vai precisar trabalhar hoje... E provavelmente amanha também não.
Tudo bem... Preciso mesmo descansar_ ele concordou.
_Só preciso de um favor seu.
_Pode falar.
_Não conte essa história a ninguém... Nem a seus amigos, nem a sua família_ ele pediu_ pra todos os efeitos, Harry morreu sufocado e não temos mais nenhuma informação.
_Tudo bem... Não vou contar a ninguém_ ele garantiu.
_Ótimo... Obrigada Joe_ sorriu de lado_ agora vai, vá pra sua casa e... Tome cuidado.
_Não se preocupe Jack.

Joe ajeitou a mochila nas costas e se virou indo em direção a saída... Estava enjoado, toda aquela cena lhe embrulhara o estomago e sentia que se não saísse dali o mais rápido possível ia acabar desmaiando.
Conforme chegava mais perto da saída percebera que estava quase correndo, como se a distancia fosse fazer diminuir a agonia em seu peito. Seus olhos começaram a ficar embaçados com as lágrimas que se formavam... O sentimento que ele lutara pra reprimir toda a manhã tomando conta... Seu amigo estava morto. Harry... Que fora como um segundo pai pra ele... Estava morto e ele nunca mais o veria.

_Respira Joe_ ele sussurrou pra si mesmo, se abaixando e escorando as mãos nos joelhos, a essa altura já estava na beira da estrada esperando que um táxi passasse_ Respire.

Depois de um breve minuto recuperando o fôlego, ele se levantou... Seus olhos automaticamente foram parar do outro lado da rua onde uma mulher o encarava. Não seria nada demais... Isso se os olhos dela não fossem vermelhos e assustadores e ela não tivesse um sorriso debochado no rosto... Como no seu sonho.
Joe sentiu seu coração disparar dentro do peito, e sentiu o impulso de sair correndo... Então um ônibus passou, tampando sua visão, e quando fora embora a mulher não estava mais lá... Havia sumido.

_Hei garoto_ ouviu alguém chamar lhe despertando do transe_ vai ficar ai parado ou vai entrar?
Joe abaixou os olhos na direção do taxista, que mantinha a porta aberta e uma expressão de impaciência.
_Vou sim_ Joe abriu um sorriso sem jeito.
Depois de mais uma breve olhada pro outro lado da rua, Joe entrou no táxi e foi pra casa... Foi durante todo o caminho com os olhos fechados, tentando convencer a si mesmo que o que vira não era real... Era por causa da falta de sono.
Suspirou aliviado quando entrou em casa, se jogando no sofá, pretendia dormir por ali mesmo.

_Joe?_ ouviu a conhecida voz de sua irmã lhe chamar.
_Que é Nick?_ ele perguntou sem abrir os olhos.
_Não me chama de Nick que eu não gosto_ ela disse irritada_ é Nicole.
_Tanto faz_ ele bufou_ o que você quer?
_Porque você demorou tanto pra chegar em casa?_ ela perguntou, ignorando a pergunta dele_ estava com o Jake?
_Não, eu não estava com o Jake_ ele revirou os olhos_ estava no museu... O lugar onde eu trabalho sabe?
_E o Jake não estava com você?
_Não Nick, ele não estava_ fez careta.

Joe já estava começando a se irritar... Quando Nicole punha uma coisa na cabeça era difícil de tirar e quando ela se interessava por um garoto ficava irritante, pois repetia o nome garoto pelo menos cem vezes ao dia. Agora que o garoto da vez era seu melhor amigo seria pior... Ia ter de servir de cupido pros dois. Era só o que faltava.

_Não precisa se irritar_ ela fez bico.

Joe suspirou, e se sentou no sofá abrindo os olhos... Estava incrivelmente cansado, mais se não fizesse aquilo agora não teria paz pelo resto do dia... Ou melhor nunca mais teria paz. Ele abriu a mochila e tirou um cartão de dentro entregando a irmã.

_Toma, ta ai o telefone do Jake_ ele sorriu.
_AAAAAAAAAAA não acredito_ ela o abraçou_ obrigada, obrigada, obrigada.
_Ta, ta... Me solta, não precisa isso tudo_ ele se afastou.
_Desculpa_ ela riu_ muito obrigada Joe... Não sabe como é importante pra mim.
Ele sorriu, dessa vez mais naturalmente_ eu sei sim.
Acha que se eu ligar pra ele hoje mesmo vou parecer muito desesperada?_ ela fez careta.
_Eu acho que ele vai adorar_ sorriu.
_O que ele disse quando... Você falou que eu queria o telefone dele?_ perguntou curiosa.
_Ele ficou super animado... E vai esperar o seu telefonema... Então... Liga de uma vez_ sugeriu.
_Valeu maninho... Você é o máximo_ ela deu um beijo nele.

Nicole se levantou so sofá apressada, mais antes de correr em direção ao telefone se virou novamente pra Joe.

_Descobriram mais alguma coisa no museu? Sobre o Harry?_ ela questionou.
Joe a fitou por um instante, lembrando do que Jack lhe pedira e não queria assustar a irmã.
_Não... Não descobriram nada_ ele mentiu.
_Tenho certeza que quem fez isso vai pagar_ ela disse o encorajando.
_Eu espero mesmo que sim_ ele suspirou.
_Agora da licença... Tenho um encontro pra marcar_ piscou pra ele.

Joe riu da animação dela, e assim que ela sumiu de vista ele criou coragem e foi pra seu quarto, tomou um banho e foi tentar dormir, desejando que aqueles sonhos não se repetissem mais.

continua...


eu sei que prometi que não postaria se tivesse eo menos 3 coentarios,, só que não resisti.
Respondendo os coentarios:
lariissa*--*jemi e nelena para sempre: Obrigada amore... eu como uma fã da autora dessa web posso dizer que a historia é viciante, eu amei.
Faanyh_lover: Que bom que vc esta gostando, mas lembreçe que fez essa web foi a CACAu, eu estou apenas repostando no meu blog.
beijos.. ate o proximo post!

domingo, 22 de maio de 2011

Chapter One - Nightmare

O despertador tocava insistente enquanto o garoto se revirava inquieto na cama... Imagens perturbadoras invadiam seu sono.
Uma mulher o encarando no escuro... Os olhos azuis transparentes cheios de dor. Do outro lado uma outra mulher o observava, mais com um olhar perturbador e sinistro. Seus olhos eram vermelhos como o sangue e um sorriso diabólico enfeitava seu semblante. Ela se divertia com alguma coisa. Com uma pontada de histeria ele percebera que o motivo de sua alegria era uma pilha de corpos no meio do salão... Os corpos de sua mãe, sua irmã... Seus amigos... Todos sem vida.
Com um sobressalto seus olhos se abriram, percebera então que não estava sobre a cama... Na verdade ele a estava observando agora... De cima. Seus olhos se arregalaram e então ele caiu com força sobre a cama, causando um estalo na madeira frágil.

_Merda_ ele sussurrou, seu coração acelerado, quase saindo pela boca.

O despertador continuava tocando... Irritado, o garoto o segurara e o tacara contra parede. Sabia o que aquele som significava. Mais um dia de escola, trabalho... Aquela mesma rotina irritante. Mais pra sua total irritação o barulho não cessou.

_De novo Joseph?_ sussurrara uma voz irritada_ já é o terceiro despertador que você destrói esse mês.
_O barulho dessa coisa me irrita mãe_ ele disse puxando o lençol pra cobrir o rosto.
_É pra isso que tem um botãozinho que você aperta e ele magicamente desliga_ ela disse em tom de ironia_ E o que foi que você fez na sua cama?_ ela perguntara observando a parte onde os pés do garoto estavam. As madeiras que seguravam o colchão haviam cedido e afundado, inclinando o colchão pra baixo.
_Preciso de uma cama nova_ ele disse.
Denise revirou os olhos_ Anda levanta que você tem aula.
Só mais cinco minutos mãe_ ele bocejou.
_Nem cinco, nem um... Levanta_ ela puxou o lençol de cima dele.

Joe revirou os olhos e se levantou... Seu corpo doía e suas pálpebras pesavam com o sono... Não conseguira dormir direito devido aquele estranho pesadelo. Aquelas duas mulheres o observando. E o pior era que não era a primeira vez.
Tomou um rápido banho, vestindo a primeira coisa que encontrara no guarda roupa... Não tinha paciência pra escolher nada. Pegou sua mochila, e então desceu as escadas indo até a cozinha onde sua mãe, sua irmã e seu padrasto o esperavam.

_Bom dia dorminhoco_ Nicole disse sorrindo_ sua cara está horrível.
_Bom dia pra você também irmã chatinha_ ele sorriu também.
_Já viu a notícia no jornal Joe?_ seu padrasto Richard perguntou.
_Que notícia?_ ergueu a sobrancelha curioso.
_Alguém invadiu o museu onde você trabalha_ Nicole explicou.
_O que? Quando foi isso?_ ele arregalou os olhos pegando o Jornal da mão do padrasto.
_Noite passada... Parece que não roubaram nada, mais alguém morreu_ Richard explicou.

Joe abriu o jornal curioso e logo na primeira página, o título da matéria dizia...


 Museum of the American é invadido
Noite passada, o Museum of the American foi invadido... Não havia nenhum sinal de arrombamento, e ao que tudo indica nada foi roubado. Mais o segurança noturno do museu Harry Dan foi encontrado morto, sufocado em uma das salas do museu.
Há suspeitas de que tenha sido um assassinato encomendado, já que nada fora roubado... Talvez vingança ou apenas crime de ódio, as autoridades ainda estão investigando o ocorrido.
Um dos oficiais disse que será um caso difícil... Seja lá quem for o assassino não deixou nenhuma digital, arma e ao que tudo indica as câmeras de segurança do museu foram alteradas, onde pelo menos uma hora de vídeo desapareceu.
Os oficias prometeram informar caso tenham alguma novidade sobre o caso.


Joe quase não acreditara no que lera... Ele conhecia Harry, era um colega de trabalho.
Joe trabalhava como guia do museu, e toda noite quando ia embora encontrava-se com Harry. Era uma ótima pessoa, divertido, honesto. Não podia acreditar que agora estava morto.

_Você o conhecia?_ Nicole questionou observando a expressão aflita no rosto do irmão.
_Sim_ afirmou_ era o Harry, vigia noturno do museu, eu o encontrava todo dia.
_Aquele homem que você trouxe aqui uma vez?_ sua mãe perguntou.
_Ele mesmo... Nem acredito que morreu_ suspirou.
_Sinto muito_ Richard pousou a mão em seu ombro.
_Quem será que fez uma coisa dessas?_ Joe perguntou a si mesmo.
_Ele devia ter alguns desafetos... As pessoas não gostam muito de seguranças_ Nicole deu ombros.
_Filha fica caladinha_ Denise pediu_ você Joe... Toma cuidado viu? Não gosto de você trabalhando naquele lugar.
_Não se preocupe mãe... Eu sei me cuidar_ ele garantiu com um meio sorriso pra tentar tranqüilizar a mãe.

Depois de tomar café da manhã com a família, Joe largou de lado o jornal tentando esquecer aquela terrível noticia. E então caminhara até a escola com a irmã Nicole. Ficava a poucos quarteirões de sua casa e em menos de dez minutos estavam lá.

_Boa aula maninha... E juízo ta bem?_ Joe sorriu pra ela, bagunçando seu cabelo.
_Eu sempre tenho_ ela garantiu a ele, ajeitando o cabelo_ Érr maninho?
_O que?_ questionou intrigado com a expressão no rosto da irmã.
_Será que você não podia... _ ela disse brincando com a gola da camisa dele_ me arrumar o telefone daquele seu amigo?
_Que amigo?_ ergueu a sobrancelha, prendendo o riso.
_O Jake_ ela sorriu de lado envergonhada.
_Desde quando você esta interessada no Jake?
_Não é da sua conta_ ela falou irritada_ vai me arrumar o telefone ou não?
_Vou ver o que posso fazer_ ele disse sorridente.
_Obrigada_ abriu um sorriso animado.
Nicole deu um beijo na bochecha do irmão e foi correndo até suas amigas... Assim que ela sumiu de vista Joe entrou na escola, enquanto ele caminhava percebera que as pessoas pareciam agitadas... Todas cochichando alguma coisa, rindo. Quando chegou até seus amigos eles conversavam animadamente.

_Bom dia pessoal_ ele cumprimentou a todos.
_Bom dia... Olha quem chegou... O cara_ Jake disse animadamente, passando a mão pelo ombro do amigo.
_Posso saber o motivo da animação de vocês?_ Joe perguntou curioso.

_É melhor irmos pra aula_ ele disse sacudindo a cabeça pra espantar os pensamentos confusos.
_Ta bom espertinho_ Jake riu.

Joe e os amigos foram pras suas devidas salas... Ao entrar Joe não deixou de notar a presença da garota nova sentada na cadeira bem ao lado da sua. Ela fitava o vazio, os braços cruzados... Parecia entediada de estar ali. Quem não estava afinal?
Depois de um breve instante encarando a menina, ele foi se sentar em sua cadeira.
O professor ainda não havia chegado e estando cansado devido as poucas horas de sono graças aquele pesadelos, Joe deitou a cabeça em seus braços e fechou os olhos esperando poder dormir ao menos um pouco.

_Acorda Jonas_ Jake o cutucou_ isso não é hora pra dormir.
_Não enche Jake_ ele resmungou sem abrir os olhos.
_A farra ontem pelo visto foi boa_ riu.

Joe não respondeu, não estava com paciência pra brincadeiras, e sentiu aos poucos a inconsciência se aproximando... Quando estava quase dormindo ouvira a porta se abrir e algo cair sobre uma mesa com um baque alto. Professor Quintanilha... Ele nunca chegava em silencio, fazia questão de mostrar aos alunos que estava presente.

_Muito bem turma, acabou a folga_ o professor sorriu_ Mais antes de começarmos nossa aula, devo informar que temos uma nova aluna na classe.

Joe ergueu a cabeça e todos os alunos se entreolharam, em seguida os olhos vagaram pela sala até encontrar a nova garota.

_Senhorita Demetria_ ele apontou para a menina_ bem vinda a classe.
_Obrigada_ ela sorriu gentilmente.
_Vamos começar a trabalhar então.
_Ah que droga_ os alunos resmungaram.
_Abram o livro na pagina 130 por favor_ ele pediu.
Joe virou o rosto na direção da menina pra observá-la mais de perto... Ainda estava sonolento, mais assim que seus olhos se encontraram com os delas ele pareceu despertar, como se uma estranha energia passasse entre os dois. Os outros alunos observaram em silencio enquanto os dois fitavam os olhos um do outro... Era como se um tipo de imã o prendesse a ela e o impedisse de ver qualquer outra coisa. Ela também o fitava atenta... Mais não demonstrava nenhuma emoção.

_Jonas_ o professor chamou, mais não houve resposta_ JONAS.
Joe se virou de repente sobressaltado pra encarar o professor e a turma que agora ria discretamente.
_Deixe as paqueras pra depois Jonas, agora abra seu livro na página 130 e comece lendo o primeiro parágrafo, por favor.
_Sim senhor_ ele respondeu envergonhado.

As horas pareceram se arrastar enquanto Joe tentava prestar atenção na aula... Mais o universo parecia conspirar pra roubar sua atenção. Em primeiro lugar tinha a morte de Harry, que o deixava triste e preocupado, tentava imaginar quem faria algo assim com ele, um homem tão bom e gentil. Depois tinha aquele pesadelo que vinha se repetindo insistentemente há uma semana... As duas mulheres o encarando... Por algum motivo elas lhe pareciam familiares. Mais o mais perturbador eram os corpos, das pessoas que ele amava. Não fazia ideia de porque tinha aqueles sonhos.
E depois tinha a estranha garota sentada ao lado dele... Tinha durante todo o tempo o impulso de se virar e olhá-la novamente mais se conteve. Estava curioso, tinha algo nela que era diferente e ele queria saber quem ela era... De onde viera.
Sentiu-se aliviado quando o sinal do intervalo tocou e foi o primeiro a sair da sala, deixando as piadinhas dos amigos pra trás, queria apenas um minuto de paz.
Dirigiu-se ao refeitório, comprou o seu lanche e sentou-se na mesa de sempre aproveitando o silencio antes que seus amigos aparecessem.

_Ai cara, maior mico na sala de aula em?_ era Jake que se sentava ao seu lado sorrindo.
_Ah cala a boca_ Joe pediu emburrado.
_Pensa que eu não percebi o jeito que você e a garota nova tavam se olhando?_ ele continuou provocando.
_Jake, ou você cala a boca ou eu arranco sua língua fora_ Joe sorriu ameaçadoramente pra ele.

Então Jake se calou, mais continuou rindo discretamente do amigo... Depois de um breve instante de silencio Joe se lembrara do pedido de sua irmã. Ia contra sua natureza arrumar encontros pra ela mais Jake apesar de maluco era um cara legal e confiável.

_Jake_ ele chamou_ sabe a Nicole minha irmã?
_Sei, o que tem ela?_ perguntou distraidamente.
_Ela me pediu seu telefone hoje de manhã_ Joe disse dando um gole em seu refrigerante.
Já Jake cuspiu o que tinha na boca com a surpresa.
_Ta de brincadeira?_ ele sorriu_ sua irmã? A Nicole? Quer meu telefone? E o que você fez?
_Disse que ia falar com você_ deu de ombros.
_E já não deu o numero a ela por quê?_ perguntou indignado_ nem tinha o que conversar né irmão?

Joe riu da empolgação evidente do amigo, sair com Nicole era um sonho dele desde que a conhecera há alguns anos atrás... Parece que finalmente se realizaria.

_Tome cuidado_ Joe avisou_ nem pense em bancar o engraçadinho pra cima dela... Não esqueça que é minha irmã.
_Vocês não parecem irmãos_ Jake riu_ como alguém tão linda como ela pode ser irmã de alguém tão feio?
_Isso é porque ela é minha meia irmã_ ele disse sem se ofender com a piada.
_Temos carne nova no pedaço_ Drake disse.
_Como assim?_ ergueu a sobrancelha confuso.
_Lá meu querido_ Jake ainda segurando Joe pelos ombros, o virou na direção da entrada.

Joe acompanhou com os olhos a direção em que o amigo apontava... No meio do pátio de entrada da escola havia uma fonte, e sentada ali estava uma garota que Joe nunca vira antes, provavelmente o motivo de tantas fofocas. Joe observou a menina atentamente, ela tinha pele clara, pálida... Os cabelos era negros, e totalmente lisos na altura da cintura. Ela usava um short jeans, uma blusa preta e tênis. Joe continuava a analisá-la mesmo que a distancia, até que a menina ergueu o rosto lentamente em sua direção e seus olhos se encontraram. Ela tinha os olhos azuis claros e penetrantes, e Joe sentiu um estranho calafrio percorrer seu corpo; mais pareceu ficar hipnotizado, não conseguiu desviar os olhos... E a estranha menina também não o fez.

_Hei_ Jake cutucou o amigo_ Joe, acorda.
Nada de resposta... Ele e a estranha menina continuavam a se encarar.
_Joe... Se liga cara, o sinal já bateu_ Josh deu um tapa na cabeça do amigo.
_Ta maluco?_ Joe disse despertando do transe e se virando pro amigo irritado.
_Você parecia que tava em outro planeta_ Jake explicou rindo da cara dele_ gostou da garota nova é?

Joe não respondeu... Olhou novamente da direção da fonte num gesto automático, mais ela não estava mais lá, tinha ido embora.
Segundo sua mãe Denise, o pai de Joe os abandonara quando soube que ela estava grávida... Não deu noticias, não ligou mais, nem se importou em saber se estavam vivos. Denise se recusava a falar sobre ele com Joe, a única coisa que ele sabia sobre o pai era que se chamava Paul, pelo menos foi o que ela lhe dissera... Joe nem ao menos sabia como ele era. A curiosidade era grande, mais toda vez que Joe perguntava sua mãe ficava nervosa, gaguejava e mudava rapidamente de assunto. Joe pensava que devia ser mágoa pelo abandono mais isso ainda o intrigava.
E antes mesmo de Joe nascer sua mãe se casara com Richard... Um ano depois do nascimento de Joe veio Nicole.
Joe sempre considerara Richard como seu pai, um homem bom que sempre esteve lá quando ele precisava e que cuidava da sua família. Era grato por ele fazer sua mãe tão feliz. E apesar de tudo, eles eram uma família feliz.

_Faz sentido_ Jake disse_ Mais nem acredito que ela quer mesmo sair comigo.
_Ela tem um péssimo gosto pra homens_ Joe brincou.
_Ha, que engraçado_ revirou os olhos.

Em alguns minutos a mesa antes vazia foi ficando lotada com os amigos de Joe e o silencio deu lugar a um falatório animado, com vários assuntos diferentes. Mais depois de um breve instante Joe já não prestava mais atenção ao que falavam, estava distante pensando na vida... Pensando no que acontecera com Harry, pensando em seu sonho.

_Ta tudo bem Joe?_ Jake perguntou.
_Só estou cansado, não dormi muito bem_ deu de ombros despreocupadamente.

Jake assentiu e o olhos de Joe vagaram pelo refeitório... Então ele viu a garota nova, estava parada na porta do refeitório com uma bandeja na mão. Seus olhos vagaram pelo lugar até se encontrar com os de Joe.

_Cara, para de olhar pra ela assim_ Jake disse_ é sinistro.
_É ela que fica me olhando_ tentou desconversar.
_Sei_ ele riu.

Então quando olhou de novo a garota não estava mais lá... Mais sim vindo em sua direção com uma expressão insondável no rosto.
continua...
proximo  capitulo postarei só quando tiver pelo menos 5 caomentarios,, por isso quem ler por favor, divulgem.

sábado, 21 de maio de 2011

Prólogo

Harry atravessou cambaleando o salão da grande galeria. Estendeu as mãos para o quadro mais próximo, agarrando a moldura de madeira dourada, puxou-a pra si até arrancá-la da parede, e então caiu de costas no chão embaixo da grande tela.
Como sabia que aconteceria, uma pesada grade de ferro desceu ali perto selando a entrada da galeria. O assoalho de madeira estremeceu, ao longe, um alarme começou a tocar.
Harry, o vigia noturno do grande museu deixou-se ficar estendido por um instante, tentando recuperar o fôlego e avaliando a situação. Olhou em volta procurando um lugar onde se esconder.
_Não se mexa_ disse uma voz arrepiantemente próxima.
Harry levantou lentamente a cabeça... A alguns metros de distancia, do outro lado da grade abaixada havia uma mulher. Era alta, magra, os cabelos negros. As íris dos olhos eram de um vermelho perturbador e sinistro.
_Ah Harry_ ela sorriu ameaçadoramente_ depois de tudo eu achei que seria mais esperto... Acha mesmo que essa grade vai me deter? Patético.
_Me deixe... Não tenho nada haver com você_ ele ordenou.
_Sem enrolações_ ela disse agora irritada_ onde ele esta?
_Não sei do que esta falando_ ele gaguejou, o coração acelerado.
_Sabe muito bem do que estou falando Uriel_ ela sorriu debochadamente_ ONDE ELE ESTA?
Ele não disse nada, só ficou encarando a mulher ali do chão... E então ela sumiu diante dos seus olhos, como um fantasma, só pra um segundo depois reaparecer bem ali ao seu lado, os olhos vermelhos faiscando de ódio.
_Me diga onde esta o garoto_ ela ordenou sem paciência_ vou encontrá-lo com ou sem você... Mais você pode me facilitar às coisas. Onde ele esta?
_Não sei... E mesmo que soubesse não lhe contaria_ ele disse sorrindo.
Ela sorriu também... Então puxou algo de sua calça... Uma faca de prata pontiaguda, o desenho de uma asa negra no cabo de metal... Harry arregalou os olhos.
_Eles te expulsaram Uriel... Tiraram suas asas e mesmo assim você lhes da sua lealdade? A troco de que?_ ela questionou_ se você se juntasse a mim... Poderia ter o mundo. Seriamos invencíveis.
_Sei muito bem a quem devo minha lealdade... E não é a você_ ele cuspiu as palavras_ são apenas asas.
_Vai se arrepender disso_ ela afirmou_ não pode impedir... Esta chegando Uriel... Bem depressa... O garoto será meu.
_Nunca_ ele sorriu_ você nunca vai achá-lo.
_Você não estará aqui pra ver... É uma pena_ ela sorriu.
Em um movimento rápido e habilidoso a mulher ergueu a faca e cortou a garganta dele... Harry levou as mãos a garganta, o sangue escorrendo e o sufocando, enquanto uma luz iluminava seu corpo como se ele entrasse em curto.
A Mulher sorriu... Os olhos vermelhos cintilando.
Então ouviu a sua frente um farfalhar de asas e ergueu os olhos pra ver a figura bem a sua frente.
_Chegou tarde Raphael_ ela sorriu_ ele esta morto.
_Vai pagar por isso sua...
_Me faça pagar_ ela desafiou.
Raphael deu um passo à frente irritado mais ela ergueu a faca o parando e sorrindo.
_O garoto será meu_ ela garantiu_ você não pode me impedir.
E dizendo isso, ela lançou a cabeça pra trás... Uma imensa fumaça negra escapando por sua garganta e sumindo antes que Raphael pudesse fazer qualquer coisa. A mulher então caiu no chão sem vida.
_Ele nunca será seu_ Raphael sussurrou antes de desaparecer na escuridão levando junto o corpo da mulher e deixando Uriel ali.
Ele havia feito bem o seu trabalho... Mais a hora que tanto temera tinha chegado.



Este é apenas o Prólogo, se tiver comentarios eu posterei o primeiro capitulo.
Lembrando: Essa Web não é minha, ela é da CACAU, todos os creditos são pra ela.
não poderei poster todos os dias, tenho vida off que anda muito corrida ultimamente.
obrigada! espero que gostem....

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Aviso!!

Gente como vcs ja sabem estou com um probelema aqui, não vai dar mesmo pra eu terminar minha web... mas felizmente pravcs não ficarem sem nada, eu encontrei uma pessoa muito boa que vai me ajudar... A "Cacau" é uma pessoa muito linda que posta webs perfeitas e ela me autorizou postar uma de suas web's ... por isso em breve eu postarei!!!

Agardem...

sábado, 26 de março de 2011

Me perdoem!!!

Gente eu vim dar uma noticia muio ruim, pra mim é horivel!!! Estou quase entrando em depressão porque eu soube essa semana que meu computador não tem mais concerto...desde então não tenho vontade de fazer nada, fico no meu quarto o dia todo, foi muito dificil vir aqui e postar esse recado pra vocês, eu ão consigo mais nem olhar pro meu pc sem chorar... e pra ajudar agora eu to ficando meio doente, e minha mãe ta achando que eu estou com dengue, se eu não melhorar ela vai me levar no medico!!! Só estou dando esse recado porque eu não sei se termino a fic, não to mais nem afim!! me descolpem mesmo, mas espero que me estendam, esta sendo uma fase muito dificil pra mim.

quarta-feira, 23 de março de 2011

37° Capitulo 2ª Temporada *Morte*



Foi o que Joe fez, ignorando os choros e gritos da Demi. Depois de muito custo Joe consegui tirar Demi do quarto, logo os medicos começaram a entrar apressados, Demi queria ficar la dentro e ver os procedimentos dos medicos pra cuidar do seu pai, mas Joe não deixou...Na verade Joe sabia que ja não tinha mais jeito, Joe sabia que aquela conversa foi a ultima que ela teve com seu pai...Depois de meia hora esperando os pais do Joe o Nick e a Selena ja havian chegado no hospital, ja era tarde da madrugada, mas agora ninguem pensava em dormir.

Selena: Amiga você tem que ser forte, seu pai não ia gostar de te ver assim.

Demi: Isso tudo que esta acontecendo é culpa daquela mulher ,que eu infelizmente tenho que chamar de mãe, ela acabou com a vida do meu pai, meu pai trabalhava pra esquece-la, eu numca vou perdoar ela.

Agora Demi disia com frieza e um odio no olhar.

Selena: Não pense nisso agora Demi (abraça Demi)

Depois de mais alguns minutos esperando os medicos veio dar noticias sobre Tom, mas a cara deles não era nada boa.

Demi: Como meu pai esta doutor?

Medico: Eu sinto muito, fizemos de tudo pra sauvarmos mas...ele não resistiu.

Demi: (chora) Meu pai ta morto?

Medico: Eu lamento, não ha mais nada o que fazer.

Demi: Não, não pode ser, meu pai não...ele não...

Demi não aguentou a noticia e acabou desmaiando, Joe que estava atras dela a segurou, inpedindo ela e ir ao chão, os imfermeiros rapidamente colocaram ela na maca e a examinaram, mas estava tudo bem...Demi acordou ainda não acreditando que seu pai não estaria mais do seu lado.

Joe: Demi você ta bem?

Demi: O que aconteceu?

Joe: Você desmaiou mas o medico disse que isso aconteceu porque você esta muito tempo sem dormir e sem comer.

Demi: Joe, diz que é mentira (chora) Diz que o meu pai esta bem.

Joe: Você tem que ser forte Demi, mas você não esta sozinha eu estou aqui, meus pais, meu irmão e seus amigos, todos estamos do seu lado.

Demi: Eu não sei o que seria de mim sem você (abraça Joe) Eu te amo!

Joe: Eu tambem te amo (beija Demi) Vamos pra casa, meus pais estão cuidando do veloria, vc precisa escansar.

Demi: Vc tambem tem que descasar, não dormiu a noite toda.

Ja estava amanhecendo quendo eles chegarma em casa, Joe, Nick e Selena foram dormir na casa da Demi, para fazer conpania a ela...Depois de descansar ja era hora do velorio, Demi se arrumou e foi aconpanhada do Joe, todos os amigos ds Demi compareceram ao velorio, inclusive Kevin e Dani que vieram de Paris para dar apoio a amigo.

Demi: Obrigada por virem (abraça Kevin e Dani) Como conseguiram chegar a tempo.

Kevin: Assim que o meu pai ligou pegamos o primeiro avoão pra cá, não podia deixar de te dar um abraço.

Dani: Como vc ta amiga?

Demi: Bem na medida do possivel, não sei o que seria de mim sem meus amigos (sorri forçado).

Na hora de enterrar Demi chorou mais ainda, tudo que ela queria era que aquilo fosse um pesadelo e que logo ela acordaria com o seu pai chegando do trabalho no seu quarto pra se dispedir e ir trabalhar...mais isso não ia acontecer, agora Demi vai ter sua vida mudada por completo, vai ter que criar mais responsabilidade e ter que aprender a ser independete.

Continua...

segunda-feira, 21 de março de 2011

36° Capitulo 2ªTemporada *sofrimento*

Demi: Eu quero ver meu pai. Joe por favor me leva pro hospital, agora!

Joe: Calma, eu te levo, mas primeiro se acalma.


Demi: Joe eu não posso perder meu pai!! Eu não quero ficar sozinha (abrça Joe)

Joe: Você não esta sozinha...Eu estou aqui com vc! (beija ela)

Denise: Nós vamos indo, se precisar é so nos chamar (abraça Demi)

Paul e Denise sairam dali deixando Joe tentando acalmar Demi, Joe sabia que seria impossivel acalmar Demi ja que o seu esta a beira da morte, mas tudo o que Demi queria era que ele estivesse do seu lado SEMPRE!!

Demi: Joe vc pode me levar no hospital?? eu preciso ver meu pai!!

Joe: Claro! mas vc não quer descansar primeiro, acabamos de chegar de viajem e vc acabou de sair do hospital.

Demi: Eu não vou conseguir descansar sem ver meu pai.

Joe: Tudo bem! Eu vou buscar o meu carro me espera la fora!

Demi: Tudo bem!

Joe foi buscar o carro na garagem da sua casa e depois pegou Demi que estava na frente da casa dela, eles foram direto pro hospital, quando chegaram la Demi foi entrando direto, mas um enfermeiro a barrou.

Emfremeiro: Onde pensa que vai mocinha??

Demi: Eu quero ver meu pai!

Enfermeira: Quem seu pai?

Demi: Tom Jonas! me deixe entrar por favor.

Enfermeira: Eu nãi posso te deixar entrar sem um cracha de identificão.

Demi:MAS QUE DROGA...O MEU PAI ESTA A BEIRA DA MORTE E TUDO O QUE VOCÊS QUEREM É UMA PORCARIA DE UM CRACHA??

Enfermeiro: Se acalme senhorita, vc está esto no hospital.

Joe: Demi vamos na recepção, nós pegamos o cracha e vc entra.

Demi: Tudo bem!

Joe: Me desculpa senhor, ela está nervosa.

Enfermeiro: Tudo bem!

Joe e Demi foram até a recepção e pegaram o tal cracha de identificação. Logo depois os dois entraram no quarto onde o pai da Demi estava, ela estava acordado, mas sua aparencia era de muito cansaço, ele não estava nada bem e Demi percebeu isso, Demi se aproximou da cama onde ele estava deitado e Joe ficou os observando da porta.

Demi: (chorando) Oi pai!

Tom: Filha, que bom que está aqui, eu estava morrendo de saudades.

Demi: Como vc ta pai?

Tom: Estou bem filha! não chore por favor.

Demi: Eu te pedi tanto pai, te pedi tanto pra deixar o trabalho de lado um pouco, por que não me ouviu.

Tom: Eu fiz isso por que eu te amo, quero te dar tudo de bom minha filha.

Demi: Vc ja me da tudo só por ter cuidado de mim, por não ter desistido de mim, como a mamãe fez.

Tom: Vc é minha filha, eu não fiz mais que minha obrigação.

Demi: Eu te amo pai!

Tom: Eu tambem te amo filha! me perdoa por tudo.

Depois disso o aparelho que mostrava os batimentos cardiacos dele começou a diminuir, e a voz dele começou a ficar cada vez mais fraca.

Demi: Pai o que ta acontecendo?

Tom: Joe!

Joe se aproximou da cama, prevendo o que ia acontecer.

Tom: Cuida bem da minha filha!! Tira ela daqui por favor, não quero que ela me veja assim.

Foi o que Joe fez, ignorando os choros e gritos da Demi.

Continua...

Descupem ficar tanto tenpo sem postar, o capitulo ta muito curto porque eu estou numa lanhause e não deu pra escrever muito!!!

Beijos ,,,espero que gostem!!!